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Copa reduz receita da indústria de MG em junho

Segundo Fiemg, indústria em Minas está sendo penalizada pela redução de consumo, de pedidos e pelas horas a menos de funcionamento

Linha de produção da Fiat em Betim, Minas Gerais (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2014 às 20h25.

Belo Horizonte - A Copa do Mundo não ajudará o faturamento da indústria mineira em junho e nova queda pode ser esperada para o mês na comparação com o mês anterior.

De acordo com o presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg, Lincoln Gonçalves Fernandes, a indústria do Estado está sendo penalizada pela redução de consumo, de pedidos e pelas horas a menos de funcionamento nos dias de jogos.

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"A exceção está sendo os setores de bebidas e carnes, que estão com suas vendas boas", declarou nesta segunda-feira, 07, em coletiva de imprensa.

Tanto o resultado de maio, quando o faturamento da indústria de Minas Gerais caiu 0,61% ante maio do ano passado em termos dessazonalizados, quanto o provável resultado de junho podem contribuir para que o resultado do ano fique negativo.

"Até maio, há um recuo de 5,29% no faturamento real da indústria mineira. Nossa projeção é de um crescimento de 0,96% ante 2013. No mês que vem revisaremos essa projeção, para baixo, e, se algumas coisas não se concretizarem, pode haver queda de faturamento no ano", informou Fernandes.

Dentre os fatores que podem mudar a situação atual da indústria mineira para o fechamento do ano estão a melhora das vendas do setor automotivo, do setor de metalurgia - que já está apresentando aumento de demanda devido ao preço atrativo de minério de ferro - e uma valorização do dólar ante o real no último trimestre, favorecendo as exportações.

"Chegamos a trabalhar com um dólar a R$ 2,35. O dólar a R$ 2,20 foi uma surpresa negativa", falou.

"Minas sofre também com a queda das exportações para a Argentina, de itens automotivos e calçados, entre outros. Precisamos também de medidas de estímulo mais abrangentes. Essas últimas, divulgadas pelo governo federal, são boas, mas não são suficientes para mudar o cenário nebuloso da economia brasileira", declarou Fernandes.

Ele ainda comentou que nos últimos três meses houve um aumento de estoques da indústria, principalmente o setor automotivos, metalurgia e vestuário.

"Vivemos um momento perigoso, delicado, onde a indústria mineira está com perda de produtividade e competitividade, com retração de investimentos", disse.

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