Economia

FGV reduz projeção para IPC-S de outubro

Para a Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal foi reduzido de 0,50% para 0,30%, na expectativa para a inflação do mês

Hoje, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de inflação de 0,31% na terceira quadrissemana do mês, inferior, portanto, ao 0,39% observado na segunda leitura de outubro (FGV)

Hoje, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de inflação de 0,31% na terceira quadrissemana do mês, inferior, portanto, ao 0,39% observado na segunda leitura de outubro (FGV)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 12h24.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, reduziu hoje, de 0,50% para 0,30%, a expectativa para a inflação de outubro registrada pelo indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em entrevista à Agência Estado, Picchetti disse que o comportamento favorável do índice que vem sendo observado desde a segunda quadrissemana do mês foi o grande motivo para a revisão da projeção.

"Em vez da taxa na casa de 0,50% que eu estava prevendo inicialmente, outubro deve fechar com uma taxa em torno de 0,30% mesmo", disse. "Com isso, temos um cenário no qual o mês já colabora para que tenhamos um resultado acumulado não tão ruim para 2011", acrescentou o coordenador do IPC-S, que trabalha atualmente com uma expectativa de taxa de 6,4% para o indicador acumulado do ano.

Hoje, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de inflação de 0,31% na terceira quadrissemana do mês, inferior, portanto, ao 0,39% observado na segunda leitura de outubro e também o menor resultado desde a segunda leitura de agosto de 2011, quando o índice registrou variação de 0,17%. De acordo com a instituição, o maior destaque para o movimento de desaceleração veio novamente do grupo Alimentação, que apresentou variação positiva de apenas 0,03%, bem abaixo do 0,17% da segunda quadrissemana de outubro.

"A desaceleração vem sendo puxada pela Alimentação, mas não só por ela", destacou Picchetti, referindo-se especialmente a grupos importantes acompanhados por ele e que não aparecem no levantamento tradicional do IPC-S. Um grande exemplo, diz o coordenador, é o grupo Serviços, sempre monitorado de perto pelo mercado financeiro e pelo Banco Central por retratar os impactos da melhora do poder aquisitivo da população. Na terceira quadrissemana de outubro, este conjunto de preços subiu 0,63%, bem menos do que as altas de 0,84% e de 0,88% registradas, respectivamente, na segunda e na primeira quadrissemanas do mesmo mês.

Outro exemplo entre estes grupos foi a alta de 0,26% da parte de Industrializados, que haviam subido 0,30% na segunda leitura do mês e 0,33% na primeira quadrissemana. O grupo Comercializáveis, por sua vez, apresentou variação positiva de 0,27% na terceira quadrissemana de outubro ante avanços de 0,28% e de 0,29%, pela ordem, na segunda e na primeira leituras do mês. Por fim, o grupo Administrados subiu 1,03%. A variação ainda é considerada elevada, mas já foi inferior à de 1,20% verificada tanto na primeira quanto na segunda quadrissemanas de outubro.

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