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FGV: baixa renda deve sofrer menos com preços altos

O setor de alimentação é o principal responsável pelo comportamento de desaceleração do núcleo do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1

Alimentos respondem por 40% do orçamento doméstico mensal das famílias mais pobres (Stock.xchng)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2011 às 14h07.

Rio de Janeiro - As famílias de baixa renda devem sofrer menos com preços altos nos próximos meses, para o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. Ele fez a observação ao comentar o desempenho do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que passou de -0,31% para -0,25% de junho para julho. Embora a deflação percebida pelos mais pobres tenha enfraquecido; e o mês de agosto mostre sinais de retorno do indicador ao terreno positivo, Braz explicou que o cenário atual é pressionado por fatores sazonais. "A tendência entre as famílias de baixa renda é de desaceleração de preços", afirmou.

Para exemplificar sua opinião, o especialista citou dados do núcleo da inflação apurada pelo IPC-C1, usado para mensurar tendências e que exclui as principais altas e as mais expressivas quedas de preços de junho para julho. O núcleo passou de 0,20% para 0,15% no período. Na prática, reajustes de preços administrados e controlados como energia, telefonia e aluguel têm elevado a taxa mensal do índice, e devem pressionar os indicadores de agosto e de setembro. Mas quando estes impactos forem captados pelo indicador, este pode voltar a desacelerar. "A taxa mensal do IPC-C1 está sendo pressionada por impactos que não devem permanecer como pressão inflacionária no indicador por muito tempo", resumiu.

O setor de alimentação é o principal responsável pelo comportamento de desaceleração do núcleo do IPC-C1. Braz lembrou que os alimentos respondem por 40% do orçamento doméstico mensal das famílias mais pobres. "Qualquer evolução nos preços dos alimentos tem forte impacto no resultado do indicador. E, no momento, há um grande conjunto de alimentos com preços em queda e em desaceleração", avaliou. "Os recuos não abrangem apenas alimentos in natura, como alimentos processados também" acrescentou.

Entre as quedas que chamam atenção no IPC-C1 de julho estão as de pães (-0,32%); aves e ovos (-0,77%) e óleos e gorduras (-0,34%). "Pelo que podemos observar via núcleo, esta tendência de preços em baixa entre os alimentos parece que vai durar por algum tempo. Esperamos uma pressão menor dos alimentos na inflação até o final de 2011, e isso vai influenciar para baixo o indicador", avaliou.

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Para exemplificar sua opinião, o especialista citou dados do núcleo da inflação apurada pelo IPC-C1, usado para mensurar tendências e que exclui as principais altas e as mais expressivas quedas de preços de junho para julho. O núcleo passou de 0,20% para 0,15% no período. Na prática, reajustes de preços administrados e controlados como energia, telefonia e aluguel têm elevado a taxa mensal do índice, e devem pressionar os indicadores de agosto e de setembro. Mas quando estes impactos forem captados pelo indicador, este pode voltar a desacelerar. "A taxa mensal do IPC-C1 está sendo pressionada por impactos que não devem permanecer como pressão inflacionária no indicador por muito tempo", resumiu.

O setor de alimentação é o principal responsável pelo comportamento de desaceleração do núcleo do IPC-C1. Braz lembrou que os alimentos respondem por 40% do orçamento doméstico mensal das famílias mais pobres. "Qualquer evolução nos preços dos alimentos tem forte impacto no resultado do indicador. E, no momento, há um grande conjunto de alimentos com preços em queda e em desaceleração", avaliou. "Os recuos não abrangem apenas alimentos in natura, como alimentos processados também" acrescentou.

Entre as quedas que chamam atenção no IPC-C1 de julho estão as de pães (-0,32%); aves e ovos (-0,77%) e óleos e gorduras (-0,34%). "Pelo que podemos observar via núcleo, esta tendência de preços em baixa entre os alimentos parece que vai durar por algum tempo. Esperamos uma pressão menor dos alimentos na inflação até o final de 2011, e isso vai influenciar para baixo o indicador", avaliou.

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