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FGV alerta para desemprego futuro

O IAEmp tem objetivo de antecipar movimentos do mercado de trabalho e apresentou recuo de 0,4% em comparação a outubro

Carteira de Trabalho: segundo ele, a piora no IAEmp sinaliza uma necessidade de maior atenção ao resultado da atividade econômica futura (Marcello Casal Jr/ABr)
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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 17h06.

Rio de Janeiro – Se a economia brasileira não der sinal de recuperação nos próximos meses, os empresário poderão começar a demitir trabalhadores. Até agora, as empresas se ajustaram ao fraco desempenho do mercado com a redução das horas de trabalho.

O alerta é do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que hoje (7) divulgou o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) e o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), referentes a novembro.

O IAEmp tem objetivo de antecipar movimentos do mercado de trabalho e apresentou recuo de 0,4% em comparação a outubro. O ICD visa monitorar a evolução presente da taxa de desemprego e apontou recuo de 0,1%, na comparação com o mês anterior.

“Os índices mostram estabilidade no mercado de trabalho no momento, o que é uma boa notícia, dado o mau desempenho da economia, que apesar de não estar crescendo bastante, não estar com a atividade econômica em ritmo elevado, mantém o nível de emprego ”, disse Holanda.

Segundo ele, a piora no IAEmp sinaliza uma necessidade de maior atenção ao resultado da atividade econômica futura, pois até o momento os empresários estavam enxugando o número de horas trabalhadas, para preservar os empregos.

“Dado o resultado ruim [da economia] este ano, a retenção de trabalhadores pode estar chegando ao fim. O que estimulava a retenção era a expectativa do empresário de um melhor desempenho econômico em um futuro próximo. Dadas as constantes frustrações de expectativa nesse sentido, é bem possível que os empresários comecem ajustes no número de trabalhadores”, esclareceu.

Holanda questionou o que ainda pode ser feito e sugeriu mudanças na política do governo, para evitar aceleração no desemprego. “É difícil utilizar mais medidas anticíclicas. A taxa de juros já está muito baixa, o governo aumentou gastos, então fica difícil imaginar que exista mais arsenal para ser utilizado. A economia não está respondendo. O governo deveria mudar suas políticas de incentivos setoriais específicos e tentar buscar uma solução mais global para o problema, com aumento da produtividade, para aumentar o crescimento no futuro. No curto prazo, não há o que se fazer no mercado de trabalho.”

Os dados completos podem ser acessados na página do Ibre na internet.

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Rio de Janeiro – Se a economia brasileira não der sinal de recuperação nos próximos meses, os empresário poderão começar a demitir trabalhadores. Até agora, as empresas se ajustaram ao fraco desempenho do mercado com a redução das horas de trabalho.

O alerta é do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que hoje (7) divulgou o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) e o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), referentes a novembro.

O IAEmp tem objetivo de antecipar movimentos do mercado de trabalho e apresentou recuo de 0,4% em comparação a outubro. O ICD visa monitorar a evolução presente da taxa de desemprego e apontou recuo de 0,1%, na comparação com o mês anterior.

“Os índices mostram estabilidade no mercado de trabalho no momento, o que é uma boa notícia, dado o mau desempenho da economia, que apesar de não estar crescendo bastante, não estar com a atividade econômica em ritmo elevado, mantém o nível de emprego ”, disse Holanda.

Segundo ele, a piora no IAEmp sinaliza uma necessidade de maior atenção ao resultado da atividade econômica futura, pois até o momento os empresários estavam enxugando o número de horas trabalhadas, para preservar os empregos.

“Dado o resultado ruim [da economia] este ano, a retenção de trabalhadores pode estar chegando ao fim. O que estimulava a retenção era a expectativa do empresário de um melhor desempenho econômico em um futuro próximo. Dadas as constantes frustrações de expectativa nesse sentido, é bem possível que os empresários comecem ajustes no número de trabalhadores”, esclareceu.

Holanda questionou o que ainda pode ser feito e sugeriu mudanças na política do governo, para evitar aceleração no desemprego. “É difícil utilizar mais medidas anticíclicas. A taxa de juros já está muito baixa, o governo aumentou gastos, então fica difícil imaginar que exista mais arsenal para ser utilizado. A economia não está respondendo. O governo deveria mudar suas políticas de incentivos setoriais específicos e tentar buscar uma solução mais global para o problema, com aumento da produtividade, para aumentar o crescimento no futuro. No curto prazo, não há o que se fazer no mercado de trabalho.”

Os dados completos podem ser acessados na página do Ibre na internet.

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