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Fecombustíveis avalia que royalties podem compensar redução de impostos

Presidente da Federação se encontrará com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para apresentar alternativas visando redução dos preços

Combustíveis: presidente da federação sugerirá que a Petrobras faça ajustes mais esporádicos nos preços (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de maio de 2018 às 16h43.

Rio - A Fecombustiveis, federação que reúne sindicatos de donos de postos de combustíveis no Brasil menos São Paulo, aposta no aumento da arrecadação de royalties com a alta do preço do petróleo para compensar uma eventual redução de impostos incidentes na gasolina e no diesel, informou o presidente da entidade, Paulo Miranda Soares.

Ele irá a Brasília na quarta-feira, 23, se encontrar com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, para apresentar alternativas visando a redução do preço dos combustíveis para o consumidor.

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Mais que isso, vai sugerir que a Petrobras faça ajustes mais esporádicos, para dar maior previsibilidade ao empresário. "A política de preços da Petrobras está correta, sobram então alternativas que não vão resolver o problema,mas pelo menos amenizam", explicou Soares ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo ele, em vista do aumento de arrecadação com os royalties do petróleo, que sobem à medida que o petróleo e o câmbio estão mais elevados, o governo federal poderia abrir mão de parte do PIS/Cofins e o governo estadual de parte do ICMS, além de acabar com a cobrança da Cide.

"Até junho de 2017 o PIS/Cofins correspondia a R$ 0,38 por litro de gasolina, o diesel é um pouco menos que isso, mas agora (o PIS/Cofins) está R$ 0,79 por litro. O governo podia acabar com os R$ 0,10 cobrados pela Cide e voltar o PIS/Cofins para o patamar de 2017, isso já daria um desconto de R$ 0,51 por litro", calculou Soares. "Com a queda do PIS/Cofins, o Estado vai ter que rever o ICMS, que cairia 34%, ou mais R$ 0,15 de desconto", informou.

Segundo Soares, seriam R$ 0,65 a menos no preço da gasolina que já beira os R$ 5,00 o litro nos postos do Rio de Janeiro. "A Petrobras não teria prejuízo se fizesse o aumento semanal, os postos aumentam semanalmente ou de 15 em 15 dias, porque não dá para mudar todo dia", sugeriu.

Ele observou que os postos de combustíveis vêm sendo criticados por não repassarem imediatamente as quedas de preço da Petrobras, enquanto os aumentos são imediatamente repassados.

"Semana passada os preços subiram todos os dias e caiu em um, inevitável continuar em alta. Vou mostrar ao ministro amanhã que nossa margem média caiu de 16% em julho 2017 para 12% agora. Não estamos conseguindo repassar todo o aumento para o consumidor, muitos postos estão quebrando, sem falar que estamos descapitalizados ", garantiu Soares.

Ele afirmou que 60% das operações nos postos são feitas com cartão de crédito e recebem 30 dias depois. "Quando vou comprar a gasolina já não consigo com o mesmo valor comprar o mesmo volume de litros, isso está descapitalizando os postos", alertou.

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