Economia

Exportar produtos agrícolas é um "privilégio", diz ministro

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse hoje (2) que o perfil das exportações brasileiras - cujas vendas de produtos primários ultrapassaram 50% da pauta de exportações, segundo a última balança comercial - é um "privilégio" no atual contexto, de recente recuperação da economia mundial e retração comercial. Borges […]

Ministro Mauro Borges (direita): exportar produtos agrícolas é um "privilégio" no atual contexto de recente recuperação da economia mundial e retração comercial (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

Ministro Mauro Borges (direita): exportar produtos agrícolas é um "privilégio" no atual contexto de recente recuperação da economia mundial e retração comercial (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 13h20.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse hoje (2) que o perfil das exportações brasileiras - cujas vendas de produtos primários ultrapassaram 50% da pauta de exportações, segundo a última balança comercial - é um "privilégio" no atual contexto, de recente recuperação da economia mundial e retração comercial. Borges participou na manhã desta quarta-feira do lançamento do portal BrasilExport - Guia de Comércio e Exterior e Investimento, no Itamaraty.

Ontem (1º), o ministério divulgou o resultado da balança comercial de junho, em que foi registrado o melhor período desde 2011. Neste mesmo resultado, verificou-se que as exportações brasileiras de produtos primários - como minerais e bens agrícolas - correspondem a mais da metade da pauta comercial.

"Isso [perfil agrícola] é um privilégio, em um contexto internacional tão adverso, ter uma base de produtos primários, especialmente agrícolas, tão competitivo no mundo", disse Borges.

O ministro explicou que, como a variação da demanda por produtos básicos - especialmente alimentos - é menor do que a variação da demanda por produtos industrializados - em muitos casos, supérfluos -, o mercado brasileiro fica menos suscetível em relação à renda mundial.

"Em um momento de vacas magras do comércio internacional, ter produtos de baixa elasticidade [cuja demanda varia menos] e que vão ser consumidos a qualquer custo, é uma vantagem. A China, por exemplo, não vai reduzir a compra de produtos alimentares básicos em razão de uma baixa conjuntural da economia; o que pode ser feito em relação às manufaturas. Essa é uma posição que poucos [países] podem ter", explicou.

No evento do qual o ministro participou hoje, foi lançada uma página do governo na internet com o objetivo de facilitar o acesso às informações sobre comércio exterior e de fomentar os investimentos no país. O projeto é uma parceria da pasta com os ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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