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Exportação de suco de laranja do Brasil para os EUA atinge recorde

O volume exportado do Brasil para os EUA representa o maior da série histórica e tem ajudado a impulsionar os embarques da indústria brasileira na temporada

Laranjas: após um ano de quebra da colheita local, movimento mostra recuperação na oferta no país (Reprodução/Wikimedia Commons)
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Reuters

Publicado em 14 de junho de 2018 às 14h51.

São Paulo - As exportações de suco de laranja do Brasil para os Estados Unidos somaram um volume recorde de 306,7 mil toneladas (FCOJ equivalente) entre julho e maio da temporada 2017/18, alta de 86% em relação ao ano mesmo período do ano anterior, ainda sob influência da quebra de safra da Flórida no último ano, informou nesta quinta-feira a CitrusBR.

Segundo a associação que representa o setor no maior exportador global da commodity, o volume exportado do Brasil para os EUA representa o maior da série histórica e tem ajudado a impulsionar os embarques da indústria brasileira na temporada, também marcada por uma recuperação na oferta no país após um ano de quebra da colheita local.

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Para todos os destinos, as exportações brasileiras no acumulado da safra 2017/18, que se encerra em junho, totalizaram 1,052 milhão de toneladas de suco de laranja, alta de 29 por cento na comparação com o período anterior.

Em faturamento, os embarques do Brasil para os Estados Unidos totalizaram 544,9 milhões de dólares, 80 por cento a mais do que no mesmo intervalo da safra 2016/17.

Em receita, as exportações totais do país somaram no período 1,921 bilhão de dólares, crescimento de 30 por cento.

Segundo o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, é possível analisar melhor as exportações do Brasil quando se compara a temporada atual com o ciclo 2015/16, quando não houve a restrição na oferta vista em 2016/17.

Entre julho de 2017 e maio de 2018, a exportação do Brasil cresceu pouco mais de 6 por cento ante o total verificado entre julho de 2015 e maio de 2016.

Contudo, na comparação com essas duas safras, os embarques para os EUA cresceram 80,4 por cento, principalmente pela redução drástica na safra de laranjas da Flórida, disse Netto.

"A grande comemoração que temos para fazer até agora está no fato de que, aparentemente, a demanda de suco não diminuiu tanto, mesmo com a restrição de oferta da safra 2016/17, mas ainda assim os EUA têm sido decisivos para os bons resultados de uma maneira artificial", disse Netto.

"Portanto, temos tido mais sorte do que mérito no aumento desses embarques."

Os embarques para a União Europeia, principal mercado para as exportações de suco de laranja brasileiro, somaram 598,3 mil toneladas no período, alta de 15 por cento ante o ciclo passado.

Contudo, notou a CitrusBR, quando se olha o volume embarcado para a União Europeia na safra atual, o número é 13,6 por cento inferior ao total acumulado em 11 meses da safra 2015/16.

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