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Expectativas pioram na 1ª semana após Copom

Expectativas para a inflação e o PIB tiveram nova rodada de deterioração com estimativas de economistas do mercado divulgadas após o Copom da última semana

Sede do Banco Central: expectativa para o IPCA piora praticamente sem parar desde o começo do ano passado (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 18h10.

As expectativas para a inflação e o PIB tiveram nova rodada de deterioração na 1ª pesquisa com estimativas de economistas do mercado divulgada após o Copom da última semana, que sinalizou o abandono do compromisso com a meta de 4,5% no próximo ano.

A expectativa para o IPCA piora praticamente sem parar desde o começo do ano passado. No caso do PIB, que nunca foi bem no governo Dilma Rousseff, a piora das projeções para 2015 ocorre desde 2013. O principal motivo continua sendo a deterioração das contas públicas, em um momento em que o governo discute como vai definir o déficit primário de 2015, que pode ir de R$ 50 bilhões a R$ 90 bilhões.

O fato de o BC ter removido a meta para o IPCA de 2016 do comunicado do Copom da semana passada, contudo, também ajudou nesta nova rodada de deterioração. "Isso desancora um pouco as expectativas", disse Thais Zara, economista-chefe da consultoria Rosenberg e Associados.

O sinal de uma mão mais leve do BC na política monetária não chega a ser uma grande heresia. O mercado entende que a recessão, caminhando para 5% no acumulado de 2 anos, pode ajudar a, no mínimo, tornar a inflação mais branda nos próximos anos, mesmo que o BC não suba mais os juros.

Outro argumento, mais recente e polêmico, é o da chamada ”dominância fiscal”, segundo o qual o BC não poderia mais subir os juros para não agravar ainda mais a política fiscal, dado que os juros impactam o custo da dívida. Seria mais fácil o mercado desculpar o BC, contudo, se o banco tivesse um bom histórico no cumprimento da meta, o que não tem sido o caso.

A inflação de 2015 projetada pelos cinco economistas com maiores índices de acertos da pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira deu um salto, passando de 9,82% para 10,05%. A contração estimada do PIB aumentou de -3% para -3,02% na pesquisa geral, com cerca de 100 economistas. A pior notícia, contudo, é que as expectativas se deterioram também para os anos seguintes.

Para 2016, a projeção do IPCA subiu para 6,36% na pesquisa Top 5, aproximando-se do teto da meta, de 6,5%. Em relatório divulgado hoje, o Banco Santander elevou a previsão de IPCA para 2016 a 7%, acima do teto, e também aumentou a estimativa para 2017, de 5% para 6%. Ou seja, a convergência para a meta de 4,5%, que o BC acaba de admitir ser muito difícil no próximo ano, também pode não ocorrer em 2017.

Na pesquisa Focus, a inflação segue acima de 4,5% também para 2018. Se for considerada a inflação implícita, baseada nas taxas dos títulos do governo negociados no mercado, o IPCA projetado para 3 anos supera 9% ao ano. Vale lembrar que desde 2009 o IPCA não fica na meta de 4,5%. Ou seja, pelos números do mercado, o Brasil não saberá o que é ter a inflação na meta em nenhum dos 8 anos do governo de Dilma.

“O preço a ser pago pela imensa quantidade de erros econômicos da agenda desenvolvimentista/intervencionista do governo Dilma I tem-se revelado alto demais”, disse o Banco Fibra, em relatório assinado pelos economistas Cristiano Oliveira e Camila de Caso.

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As expectativas para a inflação e o PIB tiveram nova rodada de deterioração na 1ª pesquisa com estimativas de economistas do mercado divulgada após o Copom da última semana, que sinalizou o abandono do compromisso com a meta de 4,5% no próximo ano.

A expectativa para o IPCA piora praticamente sem parar desde o começo do ano passado. No caso do PIB, que nunca foi bem no governo Dilma Rousseff, a piora das projeções para 2015 ocorre desde 2013. O principal motivo continua sendo a deterioração das contas públicas, em um momento em que o governo discute como vai definir o déficit primário de 2015, que pode ir de R$ 50 bilhões a R$ 90 bilhões.

O fato de o BC ter removido a meta para o IPCA de 2016 do comunicado do Copom da semana passada, contudo, também ajudou nesta nova rodada de deterioração. "Isso desancora um pouco as expectativas", disse Thais Zara, economista-chefe da consultoria Rosenberg e Associados.

O sinal de uma mão mais leve do BC na política monetária não chega a ser uma grande heresia. O mercado entende que a recessão, caminhando para 5% no acumulado de 2 anos, pode ajudar a, no mínimo, tornar a inflação mais branda nos próximos anos, mesmo que o BC não suba mais os juros.

Outro argumento, mais recente e polêmico, é o da chamada ”dominância fiscal”, segundo o qual o BC não poderia mais subir os juros para não agravar ainda mais a política fiscal, dado que os juros impactam o custo da dívida. Seria mais fácil o mercado desculpar o BC, contudo, se o banco tivesse um bom histórico no cumprimento da meta, o que não tem sido o caso.

A inflação de 2015 projetada pelos cinco economistas com maiores índices de acertos da pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira deu um salto, passando de 9,82% para 10,05%. A contração estimada do PIB aumentou de -3% para -3,02% na pesquisa geral, com cerca de 100 economistas. A pior notícia, contudo, é que as expectativas se deterioram também para os anos seguintes.

Para 2016, a projeção do IPCA subiu para 6,36% na pesquisa Top 5, aproximando-se do teto da meta, de 6,5%. Em relatório divulgado hoje, o Banco Santander elevou a previsão de IPCA para 2016 a 7%, acima do teto, e também aumentou a estimativa para 2017, de 5% para 6%. Ou seja, a convergência para a meta de 4,5%, que o BC acaba de admitir ser muito difícil no próximo ano, também pode não ocorrer em 2017.

Na pesquisa Focus, a inflação segue acima de 4,5% também para 2018. Se for considerada a inflação implícita, baseada nas taxas dos títulos do governo negociados no mercado, o IPCA projetado para 3 anos supera 9% ao ano. Vale lembrar que desde 2009 o IPCA não fica na meta de 4,5%. Ou seja, pelos números do mercado, o Brasil não saberá o que é ter a inflação na meta em nenhum dos 8 anos do governo de Dilma.

“O preço a ser pago pela imensa quantidade de erros econômicos da agenda desenvolvimentista/intervencionista do governo Dilma I tem-se revelado alto demais”, disse o Banco Fibra, em relatório assinado pelos economistas Cristiano Oliveira e Camila de Caso.

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