Ex-comissário da UE critica protecionismo do Brasil
Segundo Peter Mandelson, esse tipo de medida não é a solução para conter a valorização do real frente ao dílar
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2012 às 08h29.
São Paulo - O ex-comissário de Comércio da União Europeia Peter Mandelson criticou nesta terça-feira em São Paulo o protecionismo do Brasil para conter a apreciação do real frente ao dólar.
'Medidas protecionistas não são a solução, pois crer que só o mercado interno pode resolver tudo, sem abrir-se para o mundo, não me parece ser a coisa mais sensata a fazer, e o Brasil sabe disso por experiência própria', declarou Mandelson em uma conferência na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).
O também ex-ministro de Indústria e Comércio Exterior do Reino Unido participou da conferência junto ao ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.
Em sua exposição, Mandelson apoiou a chanceler alemã, Angela Merkel, por sua decisão de patrocinar a injeção de capital feita pelo Banco Central Europeu (BCE), o que, segundo sua opinião, foi essencial para que o sistema bancário no bloco não corresse o risco de entrar em colapso.
O autodenominado 'político aposentado', que foi um dos ministros mais polêmicos durante o Governo de Tony Blair, admitiu que essa injeção de capital pressiona as moedas valorizadas de países emergentes como o Brasil.
'Entendo as preocupações do Brasil e até simpatizo com a posição da presidente Dilma Rousseff', que criticou o sistema financeiro mundial, apontou Mandelson.
No entanto, advertiu: 'tenho certeza que um colapso econômico da União Europeia teria um efeito muito pior para o Brasil que uma valorização da moeda'.
São Paulo - O ex-comissário de Comércio da União Europeia Peter Mandelson criticou nesta terça-feira em São Paulo o protecionismo do Brasil para conter a apreciação do real frente ao dólar.
'Medidas protecionistas não são a solução, pois crer que só o mercado interno pode resolver tudo, sem abrir-se para o mundo, não me parece ser a coisa mais sensata a fazer, e o Brasil sabe disso por experiência própria', declarou Mandelson em uma conferência na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).
O também ex-ministro de Indústria e Comércio Exterior do Reino Unido participou da conferência junto ao ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.
Em sua exposição, Mandelson apoiou a chanceler alemã, Angela Merkel, por sua decisão de patrocinar a injeção de capital feita pelo Banco Central Europeu (BCE), o que, segundo sua opinião, foi essencial para que o sistema bancário no bloco não corresse o risco de entrar em colapso.
O autodenominado 'político aposentado', que foi um dos ministros mais polêmicos durante o Governo de Tony Blair, admitiu que essa injeção de capital pressiona as moedas valorizadas de países emergentes como o Brasil.
'Entendo as preocupações do Brasil e até simpatizo com a posição da presidente Dilma Rousseff', que criticou o sistema financeiro mundial, apontou Mandelson.
No entanto, advertiu: 'tenho certeza que um colapso econômico da União Europeia teria um efeito muito pior para o Brasil que uma valorização da moeda'.