Economia

Estudo inclui Brasil entre os dez mais atraentes para investir

O Brasil deve voltar a ser um mercado atraente para receber investimentos estrangeiros diretos no médio e no longo prazo (de um a três anos). A conclusão é da consultoria americana AT Kearney, que divulgou nesta quarta-feira (17/09) um ranking mundial de intenções dos investidores. Para o Brasil, a boa notícia significa a volta à […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.

O Brasil deve voltar a ser um mercado atraente para receber investimentos estrangeiros diretos no médio e no longo prazo (de um a três anos). A conclusão é da consultoria americana AT Kearney, que divulgou nesta quarta-feira (17/09) um ranking mundial de intenções dos investidores. Para o Brasil, a boa notícia significa a volta à lista dos dez países que mais despertam o interesse dos investidores, na qual ele passou a ocupar a nona posição. No ano passado, o Brasil ficou fora do grupo, na décima terceira posição.

Até maio deste ano, o Brasil recebeu 3,3 bilhões de dólares. Se o ritmo for mantido, diz o estudo, o país chegará ao final do ano com um volume de 8,8 bilhões de dólares. É pouco se comparado aos valores investidos no mesmo período do ano passado, cerca de 20% maiores, e quase nada se comparado aos recursos recebidos pelo país nos últimos anos. Em 2000, por exemplo, o Brasil chegou a atrair cerca de 33 bilhões de dólares. Naquela época, ocupava a quarta posição no ranking das intenções dos investidores. No ano seguinte, os valores começaram a minguar, até chegar a 16,5 bilhões de dólares no ano passado.

"O estudo mostra que a política econômica de Lula está restaurando a confiança do país lá fora", afirmou Paul Laudicina, vice-presidente e diretor executivo do conselho global de política corporativa da AT Kearney. "Mas os investidores ainda estão temerosos quanto à sustentabilidade dessa política".

O estudo confirma, ainda, o que todo mundo já sabe: o valor total dos recursos estrangeiros para serem investidos minguou. Em 2000, ano de abundância recorde de recursos, eles totalizaram 1,4 trilhão de dólares em todo o mundo. No ano passado, entretanto, essa cifra foi de 651 milhões de dólares. O resultado disso é que todos os países receberam menos dinheiro.

Ou melhor, quase todos. A China continua nadando contra a corrente. O país não só vem aumentando a cada ano o volume de valores recebidos, como essa tendência não deve ser revertida nos próximos anos. Segundo o estudo, o país ampliou sua liderança em relação aos Estados Unidos como o mercado número um para os investimentos externos.

A queda na atratividade dos Estados Unidos foi radical. Em 2000, o mercado americano recebeu cerca de 347 bilhões de dólares em investimentos. Em 2001 foram 144 bilhões de dólares. Uma queda de 97% que foi apenas um prenúncio do que aconteceria no ano passado, quando os Estados Unidos receberam apenas 30 bilhões de dólares. O estudo da AT Kearney não estimou o valor total de investimento estrangeiros diretos que serão movimentados este ano.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Indicação de Galípolo será votada no Senado no dia 8 de outubro, anuncia Pacheco

Petrobras está ‘confortável’ com preços de combustíveis, diz presidente da estatal

Leilão de saneamento em Sergipe prevê R$ 6,3 bilhões em investimentos

Brasil pode crescer até 3% em 2024 sem pressionar a inflação, diz Simone Tebet

Mais na Exame