Estudo analisa políticas fundiárias no Brasil
Relatório analisa a governança da terra a partir de uma perspectiva geo-histórica
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2012 às 20h51.
São Paulo – O relatório Políticas fundiárias no Brasil: uma análise geo-histórica da governança da terra no Brasil, que acaba de ser lançado, analisa a governança da terra a partir de uma perspectiva geo-histórica e os paradigmas acadêmicos de sistemas territoriais.
O geógrafo Bernardo Mançano, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), organizou o relatório que foi produzido pela International Land Coalition (ILC), com sede na Itália.
Os autores são Mançano – também pesquisador do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI) –, Clifford Welch, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e Elienai Gonçalves, mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Unesp.
“A publicação pretende clarificar os termos que conformam o debate sobre a terra, de forma sucinta, mas sem simplificar excessivamente a complexa realidade brasileira”, disse Madiodio Niasse, diretor do ILC.
O texto trata dos aspectos agrários destacando as desigualdades regionais, a disputa política entre o agronegócio e os camponeses, das experiências com a reforma agrária e das tendências futuras da governança da terra, entre outros assuntos.
Entre as propostas apresentadas, o relatório propõe que a melhor alternativa para os povos indígenas e camponeses estaria em o governo brasileiro não só reconhecer as disputas territoriais, mas também estabelecer regras de zoneamento que favoreçam a permanência dos camponeses e dos povos indígenas em seus territórios.
Segundo Mançano, a desigualdade estabelece relações contraditórias. Como exemplo, o pesquisador cita a produção agropecuária camponesa, responsável pela maior parte da alimentação da população brasileira, ser controlada pelo agronegócio.
Para Niasse, o ponto crucial do debate sobre a terra no Brasil é que tipo de modelo agrícola prevalecerá: grandes propriedades produtoras de commodities ou as unidades familiares de produção. “Os resultados podem ter implicações de longo alcance que afetem a atual onda de aquisições de terras em grande escala em outras partes do mundo”, disse.
O texto é a segunda edição da série Land Governance in the 21, organizada pela ILC. A primeira edição foi sobre a África.
O relatório completo pode ser acessado aqui.
São Paulo – O relatório Políticas fundiárias no Brasil: uma análise geo-histórica da governança da terra no Brasil, que acaba de ser lançado, analisa a governança da terra a partir de uma perspectiva geo-histórica e os paradigmas acadêmicos de sistemas territoriais.
O geógrafo Bernardo Mançano, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), organizou o relatório que foi produzido pela International Land Coalition (ILC), com sede na Itália.
Os autores são Mançano – também pesquisador do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI) –, Clifford Welch, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e Elienai Gonçalves, mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Unesp.
“A publicação pretende clarificar os termos que conformam o debate sobre a terra, de forma sucinta, mas sem simplificar excessivamente a complexa realidade brasileira”, disse Madiodio Niasse, diretor do ILC.
O texto trata dos aspectos agrários destacando as desigualdades regionais, a disputa política entre o agronegócio e os camponeses, das experiências com a reforma agrária e das tendências futuras da governança da terra, entre outros assuntos.
Entre as propostas apresentadas, o relatório propõe que a melhor alternativa para os povos indígenas e camponeses estaria em o governo brasileiro não só reconhecer as disputas territoriais, mas também estabelecer regras de zoneamento que favoreçam a permanência dos camponeses e dos povos indígenas em seus territórios.
Segundo Mançano, a desigualdade estabelece relações contraditórias. Como exemplo, o pesquisador cita a produção agropecuária camponesa, responsável pela maior parte da alimentação da população brasileira, ser controlada pelo agronegócio.
Para Niasse, o ponto crucial do debate sobre a terra no Brasil é que tipo de modelo agrícola prevalecerá: grandes propriedades produtoras de commodities ou as unidades familiares de produção. “Os resultados podem ter implicações de longo alcance que afetem a atual onda de aquisições de terras em grande escala em outras partes do mundo”, disse.
O texto é a segunda edição da série Land Governance in the 21, organizada pela ILC. A primeira edição foi sobre a África.
O relatório completo pode ser acessado aqui.