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Estados Unidos focam em acordos bilaterais na América Latina

ÀS SETE - Nesta sexta-feira, ministros de relações exteriores de Estados Unidos, México e Canadá se reúnem na Cidade do México para discutir o Nafta

Rex Tillerson: Estados Unidos têm ameaçado deixar o Nafta desde que Donald Trump assumiu a presidência
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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 06h37.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 10h14.

Nesta sexta-feira, ministros de relações exteriores de Estados Unidos, México e Canadá se reúnem na Cidade do México para discutir o Nafta — acordo comercial que reúne os três países do Atlântico Norte. Também estarão na pauta a migração irregular e a crise política e econômica da Venezuela.

Os Estados Unidos têm ameaçado deixar o Nafta desde que Donald Trump assumiu a presidência, em 2017, alegando que o acordo causa grandes danos ao mercado de trabalho americano.

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Apesar das frequentes ameaças, na quarta-feira, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que não acredita que Trump venha levar a negociação de 1,2 trilhão de dólares a cabo. Mas, caso o acordo seja rasgado, o Canadá já tem plano B, C, D e F, segundo Trudeau.

A agenda do ministro de relações exteriores americano, Rex Tillerson, porém, não se resume ao Nafta nos próximos dias. Além da Cidade do México, onde há encontro marcado com o presidente Enrique Peña Nieto, Tillerson passa por Bariloche, para falar sobre práticas de conservação de parques e trocas científicas; Buenos Aires, onde se reúne com o presidente Mauricio Macri; Lima, onde se encontra com o presidente Pedro Paulo Kuczynski; e Bogotá, onde encerra a viagem, no dia 8 de fevereiro, em conversas com o presidente Juan Manuel dos Santos.

A estratégia americana, nessa viagem pela América Latina, parece não diferir muito do que Trump vem pregando: valorizar as conversas bilaterais num continente cada vez mais alvo de investimentos chineses.Ontem, Tillerson afirmou que a China é um “ator predatório” para a região.

Os Estados Unidos também devem pedir atenção regional à questão da Venezuela — o país já impôs sanções a mais de 50 personalidades públicas venezuelanas, além de ter proibido americanos de negociar dívidas do governo e da estatal petroleira PDVSA, como forma de enfraquecer o presidente Nicolás Maduro.

O Brasil ficou fora do roteiro, mostrando que o próximo presidente eleito terá muito trabalho para colocar o país de volta no centro de interesse global. Enquanto o mundo, e os Estados Unidos, rediscutem o capitalismo, como mostra a mais recente edição de EXAME, o Brasil vai ficando para trás.

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