Economia

Esqueça os millenials: a geração Z vem aí

Nascidos em 1998 já estão chegando na faculdade e no mercado de trabalho e prometem mexer com a economia, diz relatório do Goldman Sachs

Adolescentes: nativos digitais, diversos e conservadores financeiramente (Luci Correia/Flickr)

Adolescentes: nativos digitais, diversos e conservadores financeiramente (Luci Correia/Flickr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 15h56.

Última atualização em 28 de novembro de 2017 às 19h05.

São Paulo - Você pode não ter se dado conta, mas uma pessoa nascida em 1998 já está pronta para entrar na faculdade ou no mercado de trabalho.

Ela é a representante mais velha da "geração Z", também apelidada de "pós-millenials". Nos Estados Unidos, eles compõe um exército de 70 milhões de pessoas, ou cerca de 22% da população.

De acordo com um relatório recente do banco Goldman Sachs, entender esta turma é importante - e não é só porque eles já controlam o equivalente a US$ 44 bilhões em poder de compra nos EUA.

Eles também influenciam nas decisões da casa, de acordo com 93% dos seus pais, e 60% acreditam que ter muito dinheiro é sinal de sucesso, contra 44% dos millenials que compartilham da mesma opinião.

"Criados por seus pais da geração X durante uma época de stress econômico, fardos crescentes de dívida estudantil, tensões socio-econômicas e guerras internacionais, esta juventude tem uma visão menos idealista e mais pragmática do mundo", diz o banco.

A geração Z também é a primeira de "nativos digitais": já nasceram de celular na mão e não conhecem um mundo sem internet. Eles não apenas gostam de ser ouvidos, como qualquer adolescente sempre gostou: eles cada vez mais tem os meios para tal.

Estes jovens também são os mais diversos que o mundo já viu em identidade sexual e racial. Nos Estados Unidos, os números do censo apontam que até 2020, mais de metade da juventude será parte de um grupo étnico ou racial minoritário.

Aqui no Brasil, esta geração cresceu com a euforia da era Lula e desfrutou de novas oportunidades educacionais e tecnológicas, mas agora tem que lidar com o pessimismo generalizado e a piora no mercado de trabalho, da qual são são as maiores vítimas.

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