Espanha recebe apoio dos EUA contra a YPF
"Vamos explorar todas as vias nas quais podemos colaborar juntos para restabelecer a legalidade internacional", declarou o ministro espanhol após a reunião
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2012 às 13h52.
Bruxelas - A Espanha recebeu nesta quinta-feira o apoio dos Estados Unidos para tentar convencer o governo argentino a voltar atrás em sua decisão de reestatizar a empresa petrolífera YPF .
O ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, conversou hoje sobre o assunto com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que transmitiu a ele a oposição de Washington à medida do governo da Argentina de expropriar 51% das ações da YPF, controlada pela empresa espanhola Repsol.
"Vamos explorar todas as vias nas quais podemos colaborar juntos para restabelecer a legalidade internacional", declarou o ministro espanhol após a reunião.
García-Margallo disse ainda que estão sobre a mesa "todas as medidas que forem consideradas oportunas e legalmente admissíveis", e que os dois países vão analisar como podem agir "no Banco Mundial, no FMI, no G20, no Clube de Paris, em qualquer instituição em que se possa exercer uma ação para tentar que o governo da Argentina retifique sua decisão".
Neste sentido, ele antecipou que o Conselho de Ministros espanhol vai analisar amanhã as ações que a Espanha pode tomar dentro de suas e discutirá também "os pedidos que serão levados" à reunião de chanceleres da União Europeia na próxima segunda-feira, em Luxemburgo.
No entanto, García-Margallo não quis falar de iniciativas concretas (como a possibilidade de a UE suspender as vantagens tarifárias à Argentina), já que "não tem muito sentido" discutir medidas isoladas, e é melhor elaborar "um plano conjunto" para transmití-lo aos aliados da Espanha na União Europeia.
O chefe da diplomacia espanhola afirmou que após o Conselho de Ministros, tanto ele como o titular de Indústria e Energia, José Manuel Soria, exporão à imprensa no Palácio de Santa Cruz (sede do Ministério de Relações Exteriores em Madri) as medidas que o governo vai adotar e as que pensa em propor à União Europeia.
García-Margallo lembrou que os Estados Unidos retiraram recentemente as preferências tarifárias aos produtos importados da Argentina, uma decisão tomada em 26 de março pela falta de pagamento das indenizações de US$ 300 milhões de dólares que fixou um tribunal arbitral para duas empresas americanas com ativos no país sul-americano.
A possibilidade de suspender a Argentina no Sistema de Preferências Generalizadas (SGP) da UE, do qual se beneficiam as exportações desse país para entrar no mercado comunitário, figura na minuta da resolução que o Parlamento Europeu deve votar amanhã.
Perguntado se a Espanha pediria a expulsão da Argentina do G20, o ministro não respondeu diretamente, e se limitou a dizer que "todas as medidas que forem considadas oportunas e legalmente admissíveis vão ser estudadas. Através do diálogo, sempre que possível, e através de qualquer outro meio lícito".
"Tentamos pressionar a Argentina para que veja que este caminho não leva a lugar algum".
García-Margallo, que se reuniu com Hillary à margem de uma reunião ministerial da Otan em Bruxelas, agradeceu à secretária de Estado a clara posição manifestada ontem por um porta-voz do Departamento de Estado contra a desapropriação.
A declaração do porta-voz do Departamento de Estado Mark Toner aconteceu depois que o próprio ministro espanhol se queixou da morna resposta dada até então pelos Estados Unidos.
Bruxelas - A Espanha recebeu nesta quinta-feira o apoio dos Estados Unidos para tentar convencer o governo argentino a voltar atrás em sua decisão de reestatizar a empresa petrolífera YPF .
O ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, conversou hoje sobre o assunto com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que transmitiu a ele a oposição de Washington à medida do governo da Argentina de expropriar 51% das ações da YPF, controlada pela empresa espanhola Repsol.
"Vamos explorar todas as vias nas quais podemos colaborar juntos para restabelecer a legalidade internacional", declarou o ministro espanhol após a reunião.
García-Margallo disse ainda que estão sobre a mesa "todas as medidas que forem consideradas oportunas e legalmente admissíveis", e que os dois países vão analisar como podem agir "no Banco Mundial, no FMI, no G20, no Clube de Paris, em qualquer instituição em que se possa exercer uma ação para tentar que o governo da Argentina retifique sua decisão".
Neste sentido, ele antecipou que o Conselho de Ministros espanhol vai analisar amanhã as ações que a Espanha pode tomar dentro de suas e discutirá também "os pedidos que serão levados" à reunião de chanceleres da União Europeia na próxima segunda-feira, em Luxemburgo.
No entanto, García-Margallo não quis falar de iniciativas concretas (como a possibilidade de a UE suspender as vantagens tarifárias à Argentina), já que "não tem muito sentido" discutir medidas isoladas, e é melhor elaborar "um plano conjunto" para transmití-lo aos aliados da Espanha na União Europeia.
O chefe da diplomacia espanhola afirmou que após o Conselho de Ministros, tanto ele como o titular de Indústria e Energia, José Manuel Soria, exporão à imprensa no Palácio de Santa Cruz (sede do Ministério de Relações Exteriores em Madri) as medidas que o governo vai adotar e as que pensa em propor à União Europeia.
García-Margallo lembrou que os Estados Unidos retiraram recentemente as preferências tarifárias aos produtos importados da Argentina, uma decisão tomada em 26 de março pela falta de pagamento das indenizações de US$ 300 milhões de dólares que fixou um tribunal arbitral para duas empresas americanas com ativos no país sul-americano.
A possibilidade de suspender a Argentina no Sistema de Preferências Generalizadas (SGP) da UE, do qual se beneficiam as exportações desse país para entrar no mercado comunitário, figura na minuta da resolução que o Parlamento Europeu deve votar amanhã.
Perguntado se a Espanha pediria a expulsão da Argentina do G20, o ministro não respondeu diretamente, e se limitou a dizer que "todas as medidas que forem considadas oportunas e legalmente admissíveis vão ser estudadas. Através do diálogo, sempre que possível, e através de qualquer outro meio lícito".
"Tentamos pressionar a Argentina para que veja que este caminho não leva a lugar algum".
García-Margallo, que se reuniu com Hillary à margem de uma reunião ministerial da Otan em Bruxelas, agradeceu à secretária de Estado a clara posição manifestada ontem por um porta-voz do Departamento de Estado contra a desapropriação.
A declaração do porta-voz do Departamento de Estado Mark Toner aconteceu depois que o próprio ministro espanhol se queixou da morna resposta dada até então pelos Estados Unidos.