Espanha aprova pacote de ajustes por situação "dramática"
"Adotamos medidas necessárias, importantes e inadiáveis" afirmou a vice-presidente do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2012 às 15h37.
Madri - O governo da Espanha aprovou nesta sexta-feira um novo e duro pacote de ajustes que justificou pelos "momentos dramáticos" vividos pelo país, assim como pela herança recebida da formação anterior do Executivo em forma de um grande déficit.
"Adotamos medidas necessárias, importantes e inadiáveis", "vivemos um dos momentos mais difíceis e dramáticos da Espanha", afirmou a vice-presidente do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, em entrevista coletiva para explicar as decisões do Conselho de Ministros.
Entre elas, algumas já antecipadas pelo presidente do Governo, Mariano Rajoy, última quarta-feira no Congresso dos Deputados, como o aumento do IVA, que taxa os bens de consumo, a partir de 1º de setembro, a redução dos auxílios por desemprego, ou a eliminação do bônus de Natal deste ano para milhões de funcionários públicos.
Ao lado dos ministros da Economia, Luis de Guindos, e da Fazenda, Cristóbal Montoro, a vice-presidente anunciou as medidas aprovadas hoje para que o país consiga uma ajuda no valor de 65 bilhões de euros via aumento de receitas e redução de despesas.
Sáenz de Santamaría admitiu que não são medidas "singelas, fáceis nem populares", já que o governo está "pedindo a muitos espanhóis que estão em uma situação já complicada grandes sacrifícios para fazer o país avançar".
"Não há mais remédio para tapar o buraco das contas públicas", insistiu.
A vice-presidente ressaltou o argumento muitas vezes repetido pelo atual governo de atribuir grande parte da responsabilidade sobre a situação ao governo anterior socialista, que deixou um déficit público três pontos acima de 6% do PIB.
"Se o déficit tivesse sido de 6% ou 6,5%, não teriam sido adotadas essas medidas de nenhuma maneira", ressaltou a vice-presidente em resposta a uma pergunta sobre o descumprimento por parte do atual partido governista, o PP, sobre o programa eleitoral que o levou ao poder.
Sobre a elevação do IVA, o ministro Montoro disse que sua entrada em vigor foi atrasada para 1º de setembro para "deixar uma margem de algumas semanas para que seja operacional e que não haja problemas nem distorção na atividade econômica".
Ele afirmou que é algo "obrigatório pelas circunstâncias, pelas recomendações (de Bruxelas), e pela situação de prioridade absoluta de redução do déficit público".
As medidas e mais "sacrifícios" pedidos pelo governo aos funcionários públicos - cujos salários já haviam sido reduzidos em 5% em média no final do governo socialista - levou boa parte da categoria a ir às ruas para promover protestos.
Ontem e hoje, funcionários de diferentes departamentos, policiais, bombeiros e outros interromperam o tráfego e se manifestaram em Madri na frente do Congresso dos Deputados e também perto da sede do PP e na emblemática Porta do Sol.
A Central Sindical Independente e de Funcionários convocou uma greve no setor público para setembro devido às medidas aprovadas hoje pelo governo.
Madri - O governo da Espanha aprovou nesta sexta-feira um novo e duro pacote de ajustes que justificou pelos "momentos dramáticos" vividos pelo país, assim como pela herança recebida da formação anterior do Executivo em forma de um grande déficit.
"Adotamos medidas necessárias, importantes e inadiáveis", "vivemos um dos momentos mais difíceis e dramáticos da Espanha", afirmou a vice-presidente do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, em entrevista coletiva para explicar as decisões do Conselho de Ministros.
Entre elas, algumas já antecipadas pelo presidente do Governo, Mariano Rajoy, última quarta-feira no Congresso dos Deputados, como o aumento do IVA, que taxa os bens de consumo, a partir de 1º de setembro, a redução dos auxílios por desemprego, ou a eliminação do bônus de Natal deste ano para milhões de funcionários públicos.
Ao lado dos ministros da Economia, Luis de Guindos, e da Fazenda, Cristóbal Montoro, a vice-presidente anunciou as medidas aprovadas hoje para que o país consiga uma ajuda no valor de 65 bilhões de euros via aumento de receitas e redução de despesas.
Sáenz de Santamaría admitiu que não são medidas "singelas, fáceis nem populares", já que o governo está "pedindo a muitos espanhóis que estão em uma situação já complicada grandes sacrifícios para fazer o país avançar".
"Não há mais remédio para tapar o buraco das contas públicas", insistiu.
A vice-presidente ressaltou o argumento muitas vezes repetido pelo atual governo de atribuir grande parte da responsabilidade sobre a situação ao governo anterior socialista, que deixou um déficit público três pontos acima de 6% do PIB.
"Se o déficit tivesse sido de 6% ou 6,5%, não teriam sido adotadas essas medidas de nenhuma maneira", ressaltou a vice-presidente em resposta a uma pergunta sobre o descumprimento por parte do atual partido governista, o PP, sobre o programa eleitoral que o levou ao poder.
Sobre a elevação do IVA, o ministro Montoro disse que sua entrada em vigor foi atrasada para 1º de setembro para "deixar uma margem de algumas semanas para que seja operacional e que não haja problemas nem distorção na atividade econômica".
Ele afirmou que é algo "obrigatório pelas circunstâncias, pelas recomendações (de Bruxelas), e pela situação de prioridade absoluta de redução do déficit público".
As medidas e mais "sacrifícios" pedidos pelo governo aos funcionários públicos - cujos salários já haviam sido reduzidos em 5% em média no final do governo socialista - levou boa parte da categoria a ir às ruas para promover protestos.
Ontem e hoje, funcionários de diferentes departamentos, policiais, bombeiros e outros interromperam o tráfego e se manifestaram em Madri na frente do Congresso dos Deputados e também perto da sede do PP e na emblemática Porta do Sol.
A Central Sindical Independente e de Funcionários convocou uma greve no setor público para setembro devido às medidas aprovadas hoje pelo governo.