Energia limpa atrai fundos de investimento
O interesse tem aumentado diante da demanda crescente no Brasil, somada ao fato de que projetos de energia renovável têm um processo de implantação mais rápido
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 11h32.
São Paulo - Os fundos de private equity passaram a olhar com mais apetite para companhias de fontes renováveis de energia .
O interesse tem aumentado diante da demanda crescente no Brasil, somada ao fato de que projetos de energia renovável têm um processo de implantação mais rápido, com a obtenção de licenças ambientais mais simples do que hidrelétricas e térmicas.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap) mais de 21% dos gestores estão com foco nesse setor.
Esse interesse chegou também nos fundos de venture capital, que são tradicionalmente grandes investidores no setor de tecnologia . A Nova Investimentos, por exemplo, possui um fundo dedicado à energia renovável, com investimentos em empresas como Brazil Energy e Brazil Hidro.
"Esse é um setor promissor e com forte apelo social", diz o sócio da gestora Raphael Fraga. Segundo ele, o avanço tecnológico fez com que a geração de energia limpa ganhasse eficiência.
Diante dos casos de sucesso que estão surgindo no setor, a demanda por fundos com esse perfil está crescendo, avalia o sócio da Performa Investimentos, Guillaume Sagez, que dá especial atenção a energia solar e à cadeia de fornecimento de equipamentos para a eólica.
O setor eólico deve saltar de 3% da matriz energética brasileira em 2014 para 8% em 2018. "Isso requer investimentos que precisarão de muito capital. A indústria de private equity será uma das fontes", diz Sagez.
Embora a presença de energia renovável tenha crescido o no portfólio dos fundos de investimento, o setor de tecnologia continua a atrair a maior parcela dos aportes dos venture capital. Segundo o conselheiro da Abvcap, Humberto Matsuda, a atratividade do setor se explica porque as empresas se valorizam mais rápido e exigem menos capital para crescer.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.