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Em evento, Temer admite que pode reexaminar alíquota do Reintegra

Temer afirmou que o governo é "sensível" ao tema e irá marcar uma reunião com a equipe econômica para ver o que seria possível fazer

Temer: o governo chegou a considerar acabar com o Reintegra, admitiu o presidente (Leonardo Benassatto/Reuters)
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Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 20h43.

Última atualização em 23 de agosto de 2017 às 11h32.

Brasília - O presidente Michel Temer admitiu que o governo pode atender o setor do aço e rever o Reintegra, programa que devolve às empresas 2 por cento do faturamento com exportações de manufaturados como compensação por impostos indiretos.

Em discurso durante a abertura da 28º Congresso Nacional do Aço, Temer afirmou que o governo é "sensível" ao tema e irá marcar uma reunião com a equipe econômica para ver o que seria possível fazer.

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O programa tinha uma alíquota de 3 pontos percentuais no governo Dilma, mas foi reduzida a 0,1 por cento --o mínimo possível-- em 2016 sob a alegação de que o câmbio estaria favorável aos exportadores.

O governo chegou a considerar acabar com o Reintegra, admitiu o presidente, mas, sob pressão da indústria exportadora, manteve a alíquota em 2 por cento.

"Aqui me dirijo exatamente à questão referente ao Reintegra, sobre o qual já conversamos. As dificuldades atuais são muitas, como todos sabemos. A primeira ideia, alias, era até eliminar os 2 por cento, mas a ideia que prevaleceu foi manter os 2 por cento", disse Temer.

"Mas ainda agora conversando, estamos ajustando uma conversa de todos com a área econômica do governo para verificar se é possível ainda alguma mudança em face do quanto aqui foi dito."

Durante a abertura do Congresso, os empresários do setor reclamaram da competição com a China, que tem feito o Brasil perder espaço no mercado internacional.

Temer disse ainda que, na semana que vem, em sua viagem ao país asiático, irá tratar do tema.

"Levarei à China a nossa preocupação de que sua ação na venda do aço não pode prejudicar a competição internacional", disse o presidente.

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