Economia

Em 2017, brasileiro viajou mais para parques e para o exterior

Turismo internacional volta a crescer, apesar de só 4% das viagens de brasileiros terem o exterior como destino, segundo consultoria Euromonitor

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso (Divulgação/Divulgação)

Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso (Divulgação/Divulgação)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 15h47.

Última atualização em 26 de dezembro de 2017 às 16h18.

São Paulo - 2017 marcou o início da retomada econômica brasileira e o setor de turismo também sentiu a mudança.

Depois de cair 9% entre 2015 e 2016, o número de viagens internacionais saindo do país deve crescer 2% em 2017 na comparação com o ano anterior.

O total chegaria em 9,2 milhões de viagens em 2017, com crescimento previsto de 3% ao ano até 2022.

Os números são da consultoria britânica Euromonitor, especializada em pesquisas sobre o mercado de bens e serviços em mais de 100 países.

"A depreciação do real impactou o número de viagens com destinos para a Europa e Estados Unidos, porém, não impediu os brasileiros de viajarem para fora do país. Cidades na América Latina, como Cartagena e Buenos Aires, foram os destinados mais procurados", diz a pesquisadora Marília Borges no blog da consultoria.

Mesmo com a virada, a esmagadora maioria das viagens (96%) continuam sendo feitas dentro do país, totalizando 223,2 milhões em 2017.

Os nossos vizinhos de América Latina viajam bem mais para fora, proporcionalmente. As taxas de viagens internacionais chegam a 14% do total no Chile e 30% na Argentina; aqui, o pico foram os 4,4% registrados em 2015.

"Um dos motivos para isso reside no fato de que o Brasil conta com um número grande de feriados durante o ano, o que beneficia viagens de duração mais curta. Isso não raro implica viagens para destinos domésticos, como praias e parques nacionais", escreve Marília.

O número de visitantes aos parques nacionais brasileiros deve registrar uma virada expressiva: após queda de 12% em 2016, o total deve subir 11,5% em 2017 chegando a 7,8 milhões de pessoas, atrás só do pico registrado em 2013/2014.

O brasileiro valoriza este tipo de experiência: mais do que um terço (36%) buscam viajar para locais que permitam realizar atividades ao ar livre e em contato com a natureza, segunda característica mais buscada, atrás somente de atividades relaxantes.

A pesquisa, também da Euromonitor, entrevistou 1,820 brasileiros entre 15 e 65 anos por meio de um painel online.

São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis serão, nesta ordem, os principais destinos de verão dos brasileiros, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo em dezembro. Somadas, as três cidades concentram 10% do total de viagens.

Os números do Ministério neste ano revelam um crescimento de 0,8% nas viagens em relação ao mesmo período do ano passado, com movimentação econômica estimada em mais de R$ 100 bilhões.

O Brasil tem a 10ª maior indústria de turismo do planeta, mas por causa do tamanho da nossa economia, o setor não chega a ser central.

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