Economia

Economistas melhoram novamente projeções para déficit primário no Brasil

Apesar da melhora, o país fechará 2019 no vermelho pelo sexto ano consecutivo, sem conseguir economizar para pagar os juros da dívida pública

Dinheiro: O governo vem repetidamente apontando que entregará um resultado fiscal melhor que o alvo (Pilar Olivares/Reuters)

Dinheiro: O governo vem repetidamente apontando que entregará um resultado fiscal melhor que o alvo (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2018 às 11h05.

BRASÍLIA (Reuters) - Economistas melhoraram mais uma vez as contas para os resultados primários em 2018 e 2019, com as metas fiscais sendo cumpridas com folga ainda maior, segundo relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Fazenda.

De acordo com a mediana dos dados coletados até o quinto dia útil deste mês, a estimativa passou a ser de déficit primário de 131 bilhões de reais em 2018, sobre saldo negativo de 137,260 bilhões de reais calculado antes.

Com isso, a sobra em relação à meta de 159 bilhões de reais para o ano passa a ser de 28 bilhões de reais.

O governo vem repetidamente apontando que entregará um resultado fiscal melhor que o alvo fiscal, ajudado por bilionários recursos empoçados em ministérios, para os quais a perspectiva segue sendo de não execução.

Para 2019, a projeção agora é de déficit primário de 115,504 bilhões de reais, ante 117,773 bilhões de reais no levantamento do mês passado. Como a meta para o ano é de um rombo de 139 bilhões de reais, a margem em relação ao objetivo fiscal passou, neste caso, a ser de 23,5 bilhões de reais.

Apesar da melhoria apontada nas estimativas, o país fechará 2019 no vermelho pelo sexto ano consecutivo, sem conseguir economizar para pagar os juros da dívida pública.

Em relação à dívida bruta, os cálculos foram ligeiramente melhorados no Prisma.

Para 2018, os economistas agora veem a dívida batendo em 76,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 77 por cento anteriormente. Isso apesar de a dívida já ter chegado em setembro a 77,2 por cento do PIB, segundo dados do BC.

Já para 2019, a expectativa é de que a dívida irá alcançar 78,5 por cento do PIB, sobre 78,65 por cento no levantamento Prisma anterior.

(Por Marcela Ayres)

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