Economia

Economistas divergem sobre futuro da Selic

ÀS SETE - Nesta quarta-feira, o Copom termina sua penúltima reunião do ano com mais um corte de juros

Copom: a expectativa é de que a taxa de juros seja reduzida em 0,75 ponto, saindo de 8,25% para 7,5% (Adriano Machado/Reuters)

Copom: a expectativa é de que a taxa de juros seja reduzida em 0,75 ponto, saindo de 8,25% para 7,5% (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2017 às 06h20.

Última atualização em 25 de outubro de 2017 às 07h13.

No mesmo dia em que as entranhas políticas do governo serão expostas na Câmara, mais uma boa notícia deve vir na frente econômica. O Comitê de Política Monetária (Copom) termina sua penúltima reunião do ano nesta quarta-feira com mais um corte de juros. A expectativa é de que a taxa de juros seja reduzida em 0,75 ponto, saindo de 8,25% para 7,5%.

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A redução menor que as anteriores deve indicar que o Banco Central está próximo do fim de seu ciclo de redução de juros.

Economistas ainda projetam uma queda de 0,50 ponto na reunião do comitê em dezembro — o que levaria a taxa para um novo recorde de baixa, de 7%. Com o fim do ano se aproximando, economistas tentam projetar o futuro da Selic a partir de 2018.

Enquanto o consenso do boletim Focus é de que a taxa de juro deve se manter em 7% em 2018, economistas do banco Santander afirmam que o Banco Central pode cortar mais 0,25 ponto no começo do ano que vem. Para o banco, a taxa pode permanecer em 6,75% pelo menos até meados de 2020.

Eles justificam que a grande ociosidade deixada pela crise deverá fazer o país crescer sem grandes pressões inflacionárias do lado da demanda, o que deve corroborar com a taxa de juro baixa.

Mas a visão não é um consenso. O banco Fibra projeta que a Selic vai voltar a subir no início de 2019. “O trabalho do Banco Central no próximo ano será pensar na inflação de 2019. Como será o segundo ano com o crescimento mais forte, é muito provável que tenha que elevar os juros para controlar a inflação”, afirma Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra. Para ele, uma taxa de juro mais baixa só será mantida em caso de reformas estruturais, como a da Previdência.

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