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Economia se recuperará no segundo semestre, afirma BC

Segundo Tombini, o Brasil atravessa o que chamou de "uma típica desaceleração cíclica" pela primeira vez em muitos anos

Presidente do BC, Alexandre Tombini: nos últimos meses, o governo anunciou diferentes pacotes de medidas para incentivar os setores mais afetados pela crise (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 17h55.

Rio de Janeiro - Em desaceleração desde o ano passado, a economia brasileira, que cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, se recuperará no segundo semestre, disse nesta segunda-feira o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

O dirigente citou, em teleconferência com jornalistas estrangeiros, alguns sinais que já evidenciariam a recuperação e alegou que, por ser uma economia relativamente fechada ao exterior, o Brasil tende a sofrer menos as consequências das crises internacionais.

Segundo Tombini, o Brasil atravessa o que chamou de "uma típica desaceleração cíclica" pela primeira vez em muitos anos, que deve ser superada no segundo semestre, quando a economia recuperará seu ritmo de crescimento.

"Já temos sinais que amparam a visão de maior crescimento no segundo semestre, começando no terceiro trimestre", apesar de a desaceleração mundial continuar, afirmou o presidente do Banco Central.

"Estamos confiantes de que o crescimento em termos anualizados vai ser bem mais forte e que no último trimestre poderá chegar a 4%", acrescentou.

Entre os sinais de recuperação, citou a elevação dos créditos em junho, a redução dos estoques das fábricas e a reação da produção industrial graças à desvalorização do real frente ao dólar, que melhora a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e desestimula as importações.


Segundo Tombini, o aumento dos salários em termos reais e a queda do desemprego contribuirão para "fortalecer" ainda mais o mercado de trabalho e a incentivar a demanda interna, o que por sua vez beneficiará a indústria.

Apesar das previsões otimistas do presidente do BC, o próprio Banco Central admite que a economia brasileira manterá em 2012 sua trajetória de desaceleração após haver crescido 7,5%, em 2010, e 2,7% em 2011.

O órgão reduziu no mês passado sua previsão para o crescimento econômico neste ano de 3,5% para 2,5%, perante a "conjuntura internacional desfavorável".

Os economistas do mercado, mais pessimistas, no entanto, preveem para este ano uma expansão econômica de apenas 1,9%.

Tombini considera que a economia reagirá no segundo semestre quando começarem a ter efeito as medidas adotadas pelo governo para fazer frente à crise e à forte redução da taxa básica de juros até seu menor nível histórico (8% ao ano).

Nos últimos meses, o governo anunciou diferentes pacotes de medidas para incentivar os setores mais afetados pela crise, principalmente com redução de impostos e dos custos trabalhistas.

O funcionário lembrou também que, apesar da queda da demanda externa, o Brasil continua sendo uma economia relativamente fechada, na qual as exportações representam apenas 12% do Produto Interno Bruto (PIB).

Tombini informou, ainda, que os investidores estrangeiros mantiveram sua confiança no Brasil, e que o volume de investimento estrangeiro direto nos últimos meses até maio somou US$ 64 bilhões (cerca de R$ 130 bilhões), o suficiente para cobrir o déficit em conta corrente.

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Rio de Janeiro - Em desaceleração desde o ano passado, a economia brasileira, que cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, se recuperará no segundo semestre, disse nesta segunda-feira o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.

O dirigente citou, em teleconferência com jornalistas estrangeiros, alguns sinais que já evidenciariam a recuperação e alegou que, por ser uma economia relativamente fechada ao exterior, o Brasil tende a sofrer menos as consequências das crises internacionais.

Segundo Tombini, o Brasil atravessa o que chamou de "uma típica desaceleração cíclica" pela primeira vez em muitos anos, que deve ser superada no segundo semestre, quando a economia recuperará seu ritmo de crescimento.

"Já temos sinais que amparam a visão de maior crescimento no segundo semestre, começando no terceiro trimestre", apesar de a desaceleração mundial continuar, afirmou o presidente do Banco Central.

"Estamos confiantes de que o crescimento em termos anualizados vai ser bem mais forte e que no último trimestre poderá chegar a 4%", acrescentou.

Entre os sinais de recuperação, citou a elevação dos créditos em junho, a redução dos estoques das fábricas e a reação da produção industrial graças à desvalorização do real frente ao dólar, que melhora a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e desestimula as importações.


Segundo Tombini, o aumento dos salários em termos reais e a queda do desemprego contribuirão para "fortalecer" ainda mais o mercado de trabalho e a incentivar a demanda interna, o que por sua vez beneficiará a indústria.

Apesar das previsões otimistas do presidente do BC, o próprio Banco Central admite que a economia brasileira manterá em 2012 sua trajetória de desaceleração após haver crescido 7,5%, em 2010, e 2,7% em 2011.

O órgão reduziu no mês passado sua previsão para o crescimento econômico neste ano de 3,5% para 2,5%, perante a "conjuntura internacional desfavorável".

Os economistas do mercado, mais pessimistas, no entanto, preveem para este ano uma expansão econômica de apenas 1,9%.

Tombini considera que a economia reagirá no segundo semestre quando começarem a ter efeito as medidas adotadas pelo governo para fazer frente à crise e à forte redução da taxa básica de juros até seu menor nível histórico (8% ao ano).

Nos últimos meses, o governo anunciou diferentes pacotes de medidas para incentivar os setores mais afetados pela crise, principalmente com redução de impostos e dos custos trabalhistas.

O funcionário lembrou também que, apesar da queda da demanda externa, o Brasil continua sendo uma economia relativamente fechada, na qual as exportações representam apenas 12% do Produto Interno Bruto (PIB).

Tombini informou, ainda, que os investidores estrangeiros mantiveram sua confiança no Brasil, e que o volume de investimento estrangeiro direto nos últimos meses até maio somou US$ 64 bilhões (cerca de R$ 130 bilhões), o suficiente para cobrir o déficit em conta corrente.

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