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É preciso melhorar a defesa agropecuária, afirma Dilma

Na avaliação da candidata à reeleição pelo PT, um setor que conseguiu avançar em seu governo foi o ambiental, principalmente com o Código Florestal

Dilma: para presidente, classe média rural é ponto de apoio para país mais próspero (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2014 às 15h45.

Brasília - Durante sabatina na Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) com os candidatos ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse que o projeto que trata da terceirização do trabalho, paralisado no Congresso Nacional, precisa de um diálogo contínuo e o comparou com a discussão do Código Florestal, que foi "fruto de aproximações sucessivas", onde todos os lados cederam.

Na avaliação da candidata à reeleição pelo PT, um setor que conseguiu avançar em seu governo foi o ambiental, principalmente com o Código Florestal.

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Para a presidente, é fundamental haver uma estrutura avançada de defesa agropecuária .

Ela admitiu que o setor está aquém da necessidade do país e se comprometeu em melhorar a defesa agropecuária.

Dilma também destacou as relações internacionais e disse que o Mercosul está em condições de fazer proposta comercial à União Europeia.

A presidente pediu uma "postura aguerrida" do setor não só nos mercados existentes como nos novos mercados abertos.

"Nós precisamos cada vez mais cooptar e captar tanto na Ásia como no Oriente Médio", declarou.

Em seu discurso, Dilma enfatizou que em seu governo houve "interlocução qualificada" com os órgãos do setor, como a própria CNA.

Ela prometeu criar um processo de meritocracia e profissionalismo na recém-criada Anater - Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - e desenvolver a cabotagem e as hidrovias.

"Estamos realizando estudos de viabilidade para os principais corredores hidroviários", afirmou.

Dilma também disse que a classe média rural é o ponto de apoio para um país mais próspero.

Superávit primário

Dilma afirmou que o governo tem condições de cumprir o superávit primário previsto para este ano.

A presidente fez a declaração após ser perguntada, em coletiva de imprensa, se mesmo com o resultado do primeiro semestre o governo conseguiria atingir a meta estabelecida no início do ano.

No acumulado do primeiro semestre de 2014, as contas do governo central apresentaram superávit de R$ 17,2 bilhões (0,69% do PIB).

Apesar de positivo, o valor representa queda de 50,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já o esforço fiscal do setor público caiu 43,67% nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2013, segundo o Banco Central.

"É normal que haja momentos de flutuação. Teremos condições de cumprir o superávit primário previsto no início do ano", declarou a presidente.

Graça Foster

Ao ser questionada por jornalistas sobre a inclusão da presidente da Petrobras Graça Foster no processo de responsabilização dos prejuízos da compra da refinaria de Pasadena e o bloqueio de bens da executiva, Dilma negou que a questão seja um constrangimento.

"Se não houve julgamento, não se gera constrangimento nenhum", respondeu.

Sobre a revelação de que os depoimentos nas CPIs da Petrobras em andamento no Congresso haviam sido combinados, a presidente negou envolvimento do Palácio do Planalto e disse que o Executivo não é "expert" em petróleo e gás e sim a Petrobras.

"Me informe quem elabora as perguntas sobre petróleo e gás para a oposição também", alfinetou a presidente, para complementar: "Acho estarrecedor que seja necessário alguém de fora da Petrobras formular perguntas para ela."

Na saída, Dilma foi questionada se havia esquecido de incluir a Agência Nacional do Petróleo (ANP) na expertise do setor de petróleo e gás.

"Ah, é verdade. Mas a Petrobras sabe mais. Há uma simetria de informações", declarou.

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