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Dólar: uma ajuda para o BC

Nesta sexta-feira o IBGE divulga a inflação oficial de junho. A expectativa é que o IPCA, que persistentemente se mantém acima dos 9% no acumulado dos últimos 12 meses, finalmente caia para algo em torno de 8,90%. As projeções para o futuro também começam a melhorar. Se nem a crise conseguiu deter a inflação, o […]

ILAN GOLDFAJN: a queda do dólar deve facilitar sua meta de inflação para 2016 e 2017 / Adriano Machado/Reuters (Adriano Machado/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 06h09.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

Nesta sexta-feira o IBGE divulga a inflação oficial de junho. A expectativa é que o IPCA, que persistentemente se mantém acima dos 9% no acumulado dos últimos 12 meses, finalmente caia para algo em torno de 8,90%. As projeções para o futuro também começam a melhorar. Se nem a crise conseguiu deter a inflação, o trabalho duro deve ser feito pela queda do dólar.

No boletim Focus desta semana, a projeção para o IPCA deste ano caiu após seis semanas seguidas de alta: passou de 7,29% para 7,27%. Para 2017, a projeção também caiu de 5,5% para 5,43%. O compromisso da nova equipe do Banco Central, chefiada por Ilan Goldfajn, de manter o câmbio flutuante, tem sido fundamental, na visão de analistas.

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“O Banco Central tem se mostrado muito enfático em trazer a inflação para a meta. Como ele não pode mais subir juros e nem contar com um bom resultado fiscal, está utilizando o dólar ”, diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Nos últimos dias, o BC voltou a intervir na queda do dólar com os swaps reversos, que equivalem a uma compra futura da moeda, mas o movimento não assustou especialistas. “Os leilões têm sido muito pequenos e desse tamanho eles têm pouca interferência sobre o desempenho do dólar”, afirma Arnaldo Curvello, diretor da corretora Ativa Wealth Management.

Uma inflação sob controle certamente é um fator a mais para o governo interino de Michel Temer ganhar popularidade junto à população. Ajudaria, também, a contrabalançar um possível aumento de impostos discutido para o ano que vem, importante para que as contas cheguem à meta de déficit de 139 bilhões de reais. Em tempos de crise aguda, esse tira e põe vai continuar no radar por um bom tempo.

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