Economia

Dólar comercial fecha em alta de 0,11%, a R$ 1,743

São Paulo - O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,11%, cotado a R$ 1,743 no mercado interbancário de câmbio. Em dia de poucos negócios, o dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) encerrou a sessão em leve alta, de 0,09%, a R$ 1,741. No início do dia, a […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - O dólar comercial fechou o dia em alta de 0,11%, cotado a R$ 1,743 no mercado interbancário de câmbio. Em dia de poucos negócios, o dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) encerrou a sessão em leve alta, de 0,09%, a R$ 1,741.

No início do dia, a moeda chegou a ser negociada a R$ 1,731, na cotação mínima da sessão. No entanto, a devolução das perdas ocorreu gradativamente ao longo da manhã, em meio ao enfraquecimento do euro ante o dólar e ao anúncio da regulamentação do Fundo Soberano do Brasil, que autoriza o Tesouro Nacional a comprar ativos no mercado.

A percepção de que o governo, com a regulamentação, lançou mais um comprador de dólares de grande porte no mercado local, além do Banco Central, amparou o avanço do preço. No primeiro momento pós regulamentação do fundo, o mercado fez um leve ajuste de alta do dólar à vista, mas a expectativa é de que a valorização da moeda norte-americana seja maior quando a presença do Tesouro nas mesas de operações se efetivar.

O operador da Renascença, José Carlos Amado, disse que "o Tesouro tem poder de interferir nas cotações do dólar mais fortemente do que o Banco Central, pois ele deve atuar no escuro, provavelmente por meio de uma instituição como o Banco do Brasil e sem padrão em volume, na frequência e nos preços".

Para o gerente da mesa de operações do banco Indusval, Alberto Felix de Oliveira Neto, "falta saber como o Tesouro vai atuar, quanto haverá de dinheiro disponível para isso". O sócio da MCM Consultores Associados, Antonio Madeira, também vê nas movimentações do governo uma intenção de atingir o mercado de câmbio. Ele ressaltou que as medidas de hoje autorizam o Tesouro a comprar ativos no exterior para o FSB e, para isso, será necessário adquirir dólares no mercado. "Resta saber quando vai começar", afirmou.

Quando o FSB foi criado, em dezembro do ano passado, o governo aplicou inicialmente R$ 14,2 bilhões em títulos do Tesouro. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o saldo do FSB até novembro era de R$ 16,161 bilhões. O dinheiro é hoje uma reserva de poupança do governo no caso de necessidade de cumprimento da meta de superávit fiscal das contas públicas.

No mercado externo, o dólar recuperou terreno ante o euro e o iene em Nova York, depois que o rebaixamento da classificação de risco de um banco de Abu Dabi trouxe de volta os temores com o crédito e levou os investidores a buscar a segurança da moeda norte-americana. O avanço da divisa dos EUA também foi sustentado pelos dados econômicos positivos do país. O Conference Board informou que os consumidores norte-americanos ficaram mais otimistas em dezembro, quando o índice de confiança do consumidor subiu para 52,9.

 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Embraer e Airbus estão no páreo para vender 30 aviões para a Latam reforçar voos regionais no Brasil

Empresas brasileiras e chilenas devem anunciar R$ 82 bilhões em investimentos, diz Apex

Boletim Focus: mercado eleva projeções do IPCA para 2024 e 2025; Selic de 2025 também avança

Plano Real, 30 anos: Qual o legado e o futuro da moeda? Veja episódio final da série da EXAME

Mais na Exame