Economia

Dívida pública fecha 2017 com recorde de R$ 3,56 trilhões

O crescimento da dívida se deu fundamentalmente pela alta de 15% da dívida mobiliária federal interna

Brasil tem a oitava maior relação dívida/PIB no ranking da CNI (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Brasil tem a oitava maior relação dívida/PIB no ranking da CNI (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 10h53.

Última atualização em 25 de janeiro de 2018 às 11h04.

Brasília - A dívida pública federal subiu 14,3% em 2017, a 3,559 trilhões de reais, renovando seu recorde histórico e fechando o ano dentro do intervalo que havia sido fixado pelo governo, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira.

O crescimento da dívida se deu fundamentalmente pela alta de 15% da dívida mobiliária federal interna em relação a 2016, a 3,435 trilhões de reais.

A dívida pública federal externa, por sua vez, caiu pouco mais de 2% na mesma base de comparação, alcançando 123,79 bilhões de reais.

No Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2018 divulgado nesta quinta-feira, o Tesouro fixou novo intervalo de 3,78 a 3,98 trilhões de reais para o estoque geral da dívida. No ano passado, esse intervalo era de 3,45 trilhões a 3,65 trilhões de reais.

Apenas em dezembro, a dívida pública federal subiu 1,89% sobre novembro, enquanto a dívida pública mobiliária interna teve aumento de 1,88% e a dívida externa avançou 1,96%.

Em relação à composição, o governo também conseguiu manter o enquadramento estabelecido antes pelo PAF. Com maior peso, os papéis prefixados responderam por 35,34% do total no ano passado, dentro da faixa de 32 a 36%.

Os títulos indexados à Selic ficaram com fatia de 31,51%, dentro do objetivo de 29 a 33%. Já os papéis corrigidos pela inflação fecharam o ano respondendo por 29,55% da dívida total, diante da faixa de 29 a 33%.

Os títulos remunerados pelo câmbio tiveram participação de 3,60% da dívida total, ante previsão de 3 a 7%.

A participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna fechou 2017 com menor representatividade, com parcela de 12,12%, ante 12,67% em novembro e 14,33% em dezembro de 2016.

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