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Dilma nega existência de tarifaço para 2015

A presidente rechaçou as notícias de que o governo está represando agora os preços da gasolina e da energia para liberá-los depois das eleições

Dilma Rousseff: "não sou eu que defino o que a Petrobrás fará com dinheiro", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 09h32.

Brasília - Em jantar com dez jornalistas, no Palácio da Alvorada, na noite desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff , avisou que "não tem tarifaço nenhum" em 2015, rechaçando as notícias de que o governo está represando agora os preços da gasolina e da energia para liberá-los no ano que vem, depois das eleições.

"Não existe lei divina que determine que a gasolina brasileira deve flutuar de acordo com o mercado internacional. O preço do petróleo no Brasil não está ligado ao preço internacional e não tem de estar", desabafou a presidente, ao contestar estudos que existem na Petrobrás que mostrariam que o preço do combustível está defasado.

"Gostaria que me mostrasse a conta. Me diz o que está defasado. Está defasado em relação a que?", declarou a presidente, ao defender a estatal e ao negar que haja interferência política na empresa.

"Não sou eu que defino o que a Petrobrás fará com dinheiro", disse, referindo-se aos investimentos a serem feitos pela empresa.

Para Dilma, a queda do valor da empresa se deve à crise. "Toda empresa cai diante da crise", comentou ela ao lembrar que, em 2003 a empresa valia US$ 15 bilhões e no ano passado estava em US$ 98 bilhões.

A presidente rechaçou ainda informações de que a Petrobrás não tenha dinheiro para fazer seus investimentos.

"Achar que a Petrobrás não tem dinheiro para explorar é muita ingenuidade. A empresa vai cumprir as metas de produção de petróleo sim e a Graça (Foster) vai lutar por isso", avisou, ao lembrar o potencial que tem o pré-sal e que a prova disso foi o sucesso do leilão de libra que chegou a ser muito criticado.

"Vocês por acaso acreditam que algum banco internacional não queira investir na Petrobrás?".

Dilma reiterou sua confiança na presidente da Petrobrás, Graça Fostes, ao avisa que ela é suficientemente competente para levar a empresa adiante.

Para rebater as previsões pessimistas em relação à Petrobrás, a presidente Dilma Rousseff anunciou que "quanto mais se aproximar de 2018, mais seremos grandes exportadores de petróleo".

Energia

A presidente defendeu a redução de preços anunciada nas tarifas de energia elétrica no ano passado e disse que a reivindicação dos investidores que do setor "não é legal nem justa".

Para ela, "não houve precipitação" naquela decisão porque os fornecedores já haviam recebido pela amortização das usinas.

"Portanto, ninguém pode pagar por investimento já pago. Para o investidor é bom cobrar. Acho até compreensível a reivindicação. Mas não é justo nem legal e fazer isso seria cometer um crime e quem do governo aceitar isso não está agindo em defesa do País", declarou.

Segundo a presidente, este término de cobrança estava estabelecido em contrato e os contratos têm de ser cumpridos.

Ela atribuiu o aumento das tarifas à seca que levou à necessidade de uso de energia térmica, que é mais cara.

Dilma classificou ainda como "conto do vigário" alguém vender a ideia que o país pode funcionar somente com usina solar e eólica.

"Elas são importantes. Mas são energias complementares", afirmou.

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Brasília - Em jantar com dez jornalistas, no Palácio da Alvorada, na noite desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff , avisou que "não tem tarifaço nenhum" em 2015, rechaçando as notícias de que o governo está represando agora os preços da gasolina e da energia para liberá-los no ano que vem, depois das eleições.

"Não existe lei divina que determine que a gasolina brasileira deve flutuar de acordo com o mercado internacional. O preço do petróleo no Brasil não está ligado ao preço internacional e não tem de estar", desabafou a presidente, ao contestar estudos que existem na Petrobrás que mostrariam que o preço do combustível está defasado.

"Gostaria que me mostrasse a conta. Me diz o que está defasado. Está defasado em relação a que?", declarou a presidente, ao defender a estatal e ao negar que haja interferência política na empresa.

"Não sou eu que defino o que a Petrobrás fará com dinheiro", disse, referindo-se aos investimentos a serem feitos pela empresa.

Para Dilma, a queda do valor da empresa se deve à crise. "Toda empresa cai diante da crise", comentou ela ao lembrar que, em 2003 a empresa valia US$ 15 bilhões e no ano passado estava em US$ 98 bilhões.

A presidente rechaçou ainda informações de que a Petrobrás não tenha dinheiro para fazer seus investimentos.

"Achar que a Petrobrás não tem dinheiro para explorar é muita ingenuidade. A empresa vai cumprir as metas de produção de petróleo sim e a Graça (Foster) vai lutar por isso", avisou, ao lembrar o potencial que tem o pré-sal e que a prova disso foi o sucesso do leilão de libra que chegou a ser muito criticado.

"Vocês por acaso acreditam que algum banco internacional não queira investir na Petrobrás?".

Dilma reiterou sua confiança na presidente da Petrobrás, Graça Fostes, ao avisa que ela é suficientemente competente para levar a empresa adiante.

Para rebater as previsões pessimistas em relação à Petrobrás, a presidente Dilma Rousseff anunciou que "quanto mais se aproximar de 2018, mais seremos grandes exportadores de petróleo".

Energia

A presidente defendeu a redução de preços anunciada nas tarifas de energia elétrica no ano passado e disse que a reivindicação dos investidores que do setor "não é legal nem justa".

Para ela, "não houve precipitação" naquela decisão porque os fornecedores já haviam recebido pela amortização das usinas.

"Portanto, ninguém pode pagar por investimento já pago. Para o investidor é bom cobrar. Acho até compreensível a reivindicação. Mas não é justo nem legal e fazer isso seria cometer um crime e quem do governo aceitar isso não está agindo em defesa do País", declarou.

Segundo a presidente, este término de cobrança estava estabelecido em contrato e os contratos têm de ser cumpridos.

Ela atribuiu o aumento das tarifas à seca que levou à necessidade de uso de energia térmica, que é mais cara.

Dilma classificou ainda como "conto do vigário" alguém vender a ideia que o país pode funcionar somente com usina solar e eólica.

"Elas são importantes. Mas são energias complementares", afirmou.

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