Dilma: futuro do câmbio depende do cenário global
Dilma avalia que não pode tomar nenhuma medida precipitada sem olhar com cuidado o cenário internacional
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2011 às 18h43.
Brasília - Os problemas de sobrevalorização do real preocupam a presidente Dilma Rousseff, mas ela avalia que não pode tomar nenhuma medida precipitada sem olhar com cuidado o cenário internacional. Quando os jornalistas observaram que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem está dormindo por causa do câmbio, Dilma deu risada. "É bom, às vezes, a gente não dormir. A gente não dorme e fica alerta", disse ela, em tom bem humorado. Depois, emendou, enigmática: "O Guidinho de olhos abertos..."
Diante da insistência dos jornalistas em relação a possíveis mudanças na política cambial, a presidente respondeu usando o recurso da imagem, método muito adotado por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. "Você acha que a gente pode fazer alguma coisa no momento em que não sabe se o pessoal está brincando na beira do abismo ou se já conseguiu criar uma rede de proteção?", perguntou, em alusão à crise na Europa e nos Estados Unidos. "Nós nem sabemos se vai ter default nos Estados Unidos".
Ao mencionar um quadro de incertezas fora do Brasil, Dilma fez outra comparação, tomando um gole d'água. "O mundo está andando um pouco de lado. Deixa ele andar um pouco à frente que a gente decide o que vai fazer", disse. Na avaliação da presidente, o socorro de 158 bilhões de euros à Grécia, anunciado por chefes de Estado e de governo da União Europeia, representa mesmo um calote organizado. "Mas tem de ser feito, não tem jeito", comentou.
Brasília - Os problemas de sobrevalorização do real preocupam a presidente Dilma Rousseff, mas ela avalia que não pode tomar nenhuma medida precipitada sem olhar com cuidado o cenário internacional. Quando os jornalistas observaram que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nem está dormindo por causa do câmbio, Dilma deu risada. "É bom, às vezes, a gente não dormir. A gente não dorme e fica alerta", disse ela, em tom bem humorado. Depois, emendou, enigmática: "O Guidinho de olhos abertos..."
Diante da insistência dos jornalistas em relação a possíveis mudanças na política cambial, a presidente respondeu usando o recurso da imagem, método muito adotado por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. "Você acha que a gente pode fazer alguma coisa no momento em que não sabe se o pessoal está brincando na beira do abismo ou se já conseguiu criar uma rede de proteção?", perguntou, em alusão à crise na Europa e nos Estados Unidos. "Nós nem sabemos se vai ter default nos Estados Unidos".
Ao mencionar um quadro de incertezas fora do Brasil, Dilma fez outra comparação, tomando um gole d'água. "O mundo está andando um pouco de lado. Deixa ele andar um pouco à frente que a gente decide o que vai fazer", disse. Na avaliação da presidente, o socorro de 158 bilhões de euros à Grécia, anunciado por chefes de Estado e de governo da União Europeia, representa mesmo um calote organizado. "Mas tem de ser feito, não tem jeito", comentou.