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Dieese vê menor custo de vida, mas alerta alta dos alimentos

As famílias que mais sentiram o peso do ICV sobre o orçamento doméstico foram as de classe média, com renda aproximada de R$ 934,17

Supermercado: itens alimentícios acumulam alta de 2,66% neste ano e os que mais subiram de preço em fevereiro foram os in natura e semielaborados (Paulo Fridman/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 16h17.

São Paulo - O Índice do Custo de Vida (ICV), na cidade de São Paulo, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese ), ficou em 0,61%, em fevereiro.

Essa elevação foi 1,34 ponto percentual menor do que a registrada em janeiro (1,95%). No acumulado de 12 meses, a taxa teve alta de 6,75% e neste ano 2,57%.

De um total de dez grupos pesquisados, sete apresentaram aumentos com destaque para alimentação (1,26%), saúde (0,78%), equipamento doméstico (0,51%) e transporte (0,44%). Nos demais grupos ocorreram as seguintes variações: educação, leitura e recreação (0,33%), despesas diversas (0,73%), despesas pessoais (-0,09%), vestuário (-0,22%) e recreação (-0,81%).

Os itens alimentícios acumulam aumento de 2,66% neste ano e os que mais subiram de preço em fevereiro foram os in natura e semielaborados (2,49%). As hortaliças ficaram em média 20,41% mais caras e entre elas a alface com alta de 25,01%. Já os legumes tiveram reajuste médio de 12,24%. Só o chuchu ficou 32,68% mais caro; a vagem teve elevação de 19,73% e a berinjela, 16,80%.

As frutas eram encontradas por preços em média 6,19% acima do registrado, em janeiro, e algumas das principais variações foram: pêssego (12,73%); ameixa (9,80%); laranja (9,46%) e melancia (9,06%). No mesmo período, houve queda de preços do abacate (-18,98%); da pêra (-6,11%) e do limão (-4,29%).

Entre as raízes e tubérculos com alta de 2,53% houve expressiva elevação da beterraba (17,87%), cenoura (12,25%), mandioca (3,14%) e cebola (2,84%) e queda no caso da batata (-0,50%) e mandioquinha (-0,20%).

Os cortes de carne bovina passaram a custar 1,36% mais enquanto os de suína caíram 0,34%. O leite in natura apresentou alta de 0,56%; os grãos teve recuo de 0,62% como reflexo do feijão com redução de 5,34% que acabou compensando o aumento de 1,03% do arroz e de 2,55% em outros grãos. No segmento de aves e ovos ocorreu diminuição de 1,85% e foram as aves que influenciaram o resultado ao cair 2,96%. Já os ovos tiveram acréscimo de 3,34%.

Os alimentos processados apresentaram recuo de 0,16% com destaque para o açúcar (-3,34%) e leite do tipo longa (-2,91%). E fazer as refeições fora de casa implicou em pagar 0,97% mais do que em janeiro pelo mesmo tipo de serviço.

As famílias que mais sentiram o peso do ICV sobre o orçamento doméstico foram as de classe média com renda média de R$ 934,17.

Para esse segmento social, a inflação teve uma variação de 0,65%, enquanto para os consumidores de baixa renda (teto de R$ 377,49), o custo de vida subiu com menos intensidade (0,54%) . Em referência aos que detém poder aquisitivo maior (na faixa de R$ 2.792,00), o índice oscilou em 0,59%.

No acumulado de um ano, os mais ricos foram os mais penalizados pela alta de preços com inflação de 7,28% ante 6,22% pesquisado na classe média e 5,72% entre os mais pobres.

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De um total de dez grupos pesquisados, sete apresentaram aumentos com destaque para alimentação (1,26%), saúde (0,78%), equipamento doméstico (0,51%) e transporte (0,44%). Nos demais grupos ocorreram as seguintes variações: educação, leitura e recreação (0,33%), despesas diversas (0,73%), despesas pessoais (-0,09%), vestuário (-0,22%) e recreação (-0,81%).

Os itens alimentícios acumulam aumento de 2,66% neste ano e os que mais subiram de preço em fevereiro foram os in natura e semielaborados (2,49%). As hortaliças ficaram em média 20,41% mais caras e entre elas a alface com alta de 25,01%. Já os legumes tiveram reajuste médio de 12,24%. Só o chuchu ficou 32,68% mais caro; a vagem teve elevação de 19,73% e a berinjela, 16,80%.

As frutas eram encontradas por preços em média 6,19% acima do registrado, em janeiro, e algumas das principais variações foram: pêssego (12,73%); ameixa (9,80%); laranja (9,46%) e melancia (9,06%). No mesmo período, houve queda de preços do abacate (-18,98%); da pêra (-6,11%) e do limão (-4,29%).

Entre as raízes e tubérculos com alta de 2,53% houve expressiva elevação da beterraba (17,87%), cenoura (12,25%), mandioca (3,14%) e cebola (2,84%) e queda no caso da batata (-0,50%) e mandioquinha (-0,20%).

Os cortes de carne bovina passaram a custar 1,36% mais enquanto os de suína caíram 0,34%. O leite in natura apresentou alta de 0,56%; os grãos teve recuo de 0,62% como reflexo do feijão com redução de 5,34% que acabou compensando o aumento de 1,03% do arroz e de 2,55% em outros grãos. No segmento de aves e ovos ocorreu diminuição de 1,85% e foram as aves que influenciaram o resultado ao cair 2,96%. Já os ovos tiveram acréscimo de 3,34%.

Os alimentos processados apresentaram recuo de 0,16% com destaque para o açúcar (-3,34%) e leite do tipo longa (-2,91%). E fazer as refeições fora de casa implicou em pagar 0,97% mais do que em janeiro pelo mesmo tipo de serviço.

As famílias que mais sentiram o peso do ICV sobre o orçamento doméstico foram as de classe média com renda média de R$ 934,17.

Para esse segmento social, a inflação teve uma variação de 0,65%, enquanto para os consumidores de baixa renda (teto de R$ 377,49), o custo de vida subiu com menos intensidade (0,54%) . Em referência aos que detém poder aquisitivo maior (na faixa de R$ 2.792,00), o índice oscilou em 0,59%.

No acumulado de um ano, os mais ricos foram os mais penalizados pela alta de preços com inflação de 7,28% ante 6,22% pesquisado na classe média e 5,72% entre os mais pobres.

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