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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
Depois de um começo de semana desastroso, finalmente um dia com um pouco de otimismo entre os agentes do mercado financeiro. Analistas ouvidos pelo Portal EXAME acreditam que esta quinta-feira (06/06) marcará o início de entendimento entre o Banco Central e o mercado, que se desentenderam nos últimos três dias. O BC ainda não usou todas as suas armas, mas veio a público dizer que a crise é passageira e que tem caráter especulativo , diz um analista de São Paulo. Isso deve acalmar os ânimos até que medidas mais efetivas sejam se é que será preciso tomadas em alguns dias , diz ele.
A crise da semana, que fez dólar e risco-país quebrarem recordes anuais, foi desencadeada pela desconfiança, por parte do mercado, da capacidade de o BC honrar os títulos da dívida pública com vencimento para depois de 2006. Desconfiança que foi provocada pela mudança da contabilidade de rendimentos dos fundos pré-fixados, pelo rebaixamento do bônus brasileiro e pelo resultado das pesquisas eleitorais.
Enquanto o dólar disparava ontem, o Ibovespa, da Bolsa de São Paulo fechava em leve baixa de 0,08%, aos 12.589 pontos, inspirada no bom desempenho dos mercados americanos, que vinham sendo prejudicados pela ameaça de guerra entre Índia e Paquistão e pelas denúncias de fraude na contabilidade de grandes empresas do país. Ontem, o Paquistão declarou que não tem intenções de entrar em conflito com os indianos, o que deve refletir positivamente nos Estados Unidos e, conseqüentemente, aqui.
No Brasil, o dia corre sem grandes novidades no campo político e econômico. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciou nesta manhã o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de maio, que registrou inflação de 0,06% na cidade de São Paulo. A inflação se manteve estável em relação ao mês anterior.
Na área política, em Brasília, a comissão especial que analisa propostas de reforma política faz audiência pública nesta quinta-feira. O mercado aguarda para esta sexta-feira a divulgação de uma nova pesquisa Datafolha, que deve mostrar o efeito consolidado da escolha de Rita Camata (PMDB) na candidatura de José Serra (PSDB).
Nos dias 6 e 8 de junho, o PMDB terá cinco minutos diários para veicular comerciais de 30 ou 60 segundos em cadeia nacional de rádio e TV. O PMDB deve veicular um comercial com a deputada federal Rita Camata. O PDT terá direito a uma rede nacional de 20 minutos nesta quinta-feira.