Economia

Déficit do governo central vem acima do esperado em junho, a R$ 73,5 bi

As receitas do governo central líquidas de transferências aumentaram 57% em junho frente ao mesmo mês de 2020, enquanto as despesas caíram 34,6%

 (EXAME/Exame)

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Reuters

Publicado em 29 de julho de 2021 às 16h55.

Última atualização em 29 de julho de 2021 às 17h08.

O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de 73,553 bilhões de reais em junho, informou o Tesouro nesta quinta-feira, rombo superior ao esperado por analistas.

No mesmo mês do ano passado, as contas foram deficitárias em 194,853 bilhões de reais.

Economistas esperavam déficit de 63,4 bilhões de reais para junho deste ano, segundo pesquisa da Reuters.

As receitas do governo central líquidas de transferências aumentaram 57% em junho em termos reais frente ao mesmo mês de 2020, enquanto as despesas caíram 34,6%.

O Tesouro destacou, do lado das receitas, o impacto de uma arrecadação extraordinária de 4 bilhões de reais de IRPJ/CSLL, incidentes sobre os lucros das empresas, de um menor diferimento de tributos na comparação com 2020 e de um aumento das vendas e dos serviços. Já sobre os gastos, o Tesouro chamou atenção para o fato de as despesas primárias não relacionadas à Covid-19 estarem mantendo trajetória de queda no acumulado em 12 meses.

"O comportamento da despesa primária ex-Covid mostra a importância das regras fiscais em vigor para evitar que despesas temporárias de combate à pandemia se transformem em despesas permanentes", disse o Tesouro em nota.

Em junho, o Tesouro Nacional registrou déficit primário de 18,190 bilhões de reais, enquanto a Previdência Social marcou saldo negativo de 55,141 bilhões de reais e o BC, déficit de 221 milhões de reais.

Com o saldo de junho, o governo central passou a acumular déficit primário no ano, de 53,7 bilhões de reais. No primeiro semestre de 2020, o saldo fiscal fora negativo em 417,3 bilhões de reais, com o impacto das medidas tomadas pelo governo no enfrentamento à crise da pandemia.

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