Economia

De chips a veículos elétricos: governo Biden anuncia novas tarifas dos EUA sobre a China

Haverá tambem novas taxas sobre o alumínio, células de energia solar, aço e semicondutores

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 14 de maio de 2024 às 08h47.

Última atualização em 14 de maio de 2024 às 10h45.

Em mais um capítulo da disputa comercial com a China, os EUA anunciam nesta terça-feira, 14, uma ampla gama de novas tarifas sobre produtos chineses, que devem afetar US$ 18 bilhões em transações.

As mudanças foram anunciadas por um comunicado da Casa Branca. O presidente Joe Biden fará um anúncio oficial das medidas ainda nesta terça.

A ação do governo americano afetará setores como o aço (as tarifas sobre itens chineses sobem de 7,5% para 25%), semicondutores (de 25% para 50%) e produtos médicos. Os veículos elétricos chineses terão uma taxação de 100% em 2024 - antes, era de 25%.

A Casa Branca também vai aumentar tarifas sobre o alumínio (7,5% para 25%), células de energia solar (de 25% para 50%) e guindastes de transporte marítimo.

As ações também não incluem a redução nas taxas em mais de US$ 300 bilhões em produtos chineses criadas no governo de Donald Trump. Biden, na verdade, renovou em grande parte a política do ex-presidente republicano e acrescentou novas tarifas a determinados setores.

“O presidente vai adotar uma abordagem estratégica e dura, combinando investimento interno com a aplicação da lei contra a China em setores-chave”, disse a conselheira econômica nacional, Lael Brainard.

Em comentário feito a jornalistas, a principal assessora económica de Biden criticou o histórico de disputa comercial de Trump com a China, falando que as políticas do antecessor "não funcionaram"e que suas atuais promessas de campanha aumentariam ainda mais a inflação.

A maioria das novas tarifas anunciadas deve ser implementada neste ano. Os novos impostos sobre semicondutores e baterias deverão entrar em vigor em 2025 e 2026.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China acusou o governo Biden de politizar o comércio e acrescentou que “a China tomará todas as medidas necessárias para defender os seus direitos e interesses”.

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