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Custo de operação do ONS sobe 20%, para R$ 659,76/MWh

Sinalização de menor volume de chuvas nas regiões Sudeste e Sul levou operador a elevar custo marginal de operação semanal para R$ 659,76/MWh

Energia elétrica: patamar do CMO indica que preço de liquidação de diferenças continuará abaixo do patamar teto (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 15h25.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema ( ONS ) divulgou, nesta sexta-feira, 5, a primeira revisão das projeções de volume de chuvas e nível de reservatórios para o mês de dezembro, e as indicações mostram números menos favoráveis do que aqueles anunciados uma semana atrás.

A sinalização de menor volume de chuvas nas regiões Sudeste e Sul levou o operador a elevar o custo marginal de operação (CMO) semanal de R$ 549,83/MWh na semana passada para R$ 659,76/MWh, valor válido para os quatro subsistemas (Sudeste, Sul, Nordeste e Norte).

A despeito da elevação de 20% na comparação entre as duas semanas, o patamar do CMO indica que o preço de liquidação das diferenças continuará abaixo do patamar teto de R$ 822,83/MWh estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O PLD, valor utilizado nas operações de compra e venda de energia no mercado de curto prazo, é balizado justamente pelos valores do CMO e permaneceu no patamar máximo durante seis semanas entre os meses de outubro e novembro.

O valor do PLD para a próxima semana deve ser divulgado ainda hoje pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O Informe do Programa Mensal de Operação (IPMO) publicado semanalmente pelo ONS mostra que as condições de chuvas em dezembro continuam favoráveis, embora não tão consistentes quando o previsto na sexta-feira, 28 de novembro.

O ONS projeta que a Energia Natural Afluente (ENA) no Sudeste do país, região responsável por 70% do armazenamento de água nas usinas hidrelétricas, ficará em 94% da média de longo termo (MLT) do mês de dezembro.

O número é inferior aos 107% da média previstos na semana passada, porém permanece acima do nível entre 60% a 70% da MLT registrado em novembro.

Na região Sul as projeções também são menos otimistas, e agora o ONS indica uma afluência equivalente a 84% da média histórica - era de 98% da MLT na sexta-feira passada.

A estimativa para o subsistema Nordeste, por outro lado, foi elevada de 78% para 83% da MLT, variação positiva dado o atual patamar dos reservatórios na região.

A projeção para ENA na região Norte foi reduzida de 87% para 73% da MLT.

Com a percepção menos otimista em relação ao nível de chuvas em dezembro, o ONS também reduziu a estimativa do nível dos reservatórios ao final do mês.

Na região Sudeste, onde os reservatórios estavam com 16,15% da capacidade até ontem, esse número deve subir a 22,1% ao final do mês. Na sexta-feira passada, o ONS previu que os reservatórios terminassem o ano com 24,3% da capacidade.

As projeções para as regiões Sul e Norte também foram reduzidas. No caso do Sul do país, os reservatórios devem terminar o ano com 48,4% da capacidade - estava em 54,7% na semana passada.

No caso da região Norte, houve redução de 34,1% para 30,7% da capacidade. Na região Nordeste, por outro lado, a previsão foi elevada de 21,3% para 22,3% da capacidade.

Conforme a medição de quinta-feira, 4, feita pelo ONS, os reservatórios operavam com 61,88% no Sul, 13,29% no Nordeste e 27,16% na região Norte.

Carga

O ONS também anunciou nesta sexta-feira, 5, a primeira revisão para a projeção de carga mensal no sistema nacional (SIN) durante o mês de dezembro.

A demanda deve crescer 3,3%, abaixo da estimativa de 3,5% apresentada na sexta-feira passada. A carga prevista no mês está em 66.369 MW médios, contra 66.536 MW médios previstos uma semana atrás.

A variação é explicada principalmente pelo cenário menos robusto previsto na região Sudeste, cuja carga responde por quase 60% da demanda do país.

A projeção mensal foi reduzida de 3,7% em dezembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 2,8%.

Na região Sul, por outro lado, a variação esperada foi ampliada de 3,9% para 4,7%. A projeção para a região Nordeste foi mantida em 5,3%, enquanto que a retração esperada na região Norte foi ajustada de -2,1% para -0,7%.

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São Paulo - O Operador Nacional do Sistema ( ONS ) divulgou, nesta sexta-feira, 5, a primeira revisão das projeções de volume de chuvas e nível de reservatórios para o mês de dezembro, e as indicações mostram números menos favoráveis do que aqueles anunciados uma semana atrás.

A sinalização de menor volume de chuvas nas regiões Sudeste e Sul levou o operador a elevar o custo marginal de operação (CMO) semanal de R$ 549,83/MWh na semana passada para R$ 659,76/MWh, valor válido para os quatro subsistemas (Sudeste, Sul, Nordeste e Norte).

A despeito da elevação de 20% na comparação entre as duas semanas, o patamar do CMO indica que o preço de liquidação das diferenças continuará abaixo do patamar teto de R$ 822,83/MWh estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O PLD, valor utilizado nas operações de compra e venda de energia no mercado de curto prazo, é balizado justamente pelos valores do CMO e permaneceu no patamar máximo durante seis semanas entre os meses de outubro e novembro.

O valor do PLD para a próxima semana deve ser divulgado ainda hoje pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O Informe do Programa Mensal de Operação (IPMO) publicado semanalmente pelo ONS mostra que as condições de chuvas em dezembro continuam favoráveis, embora não tão consistentes quando o previsto na sexta-feira, 28 de novembro.

O ONS projeta que a Energia Natural Afluente (ENA) no Sudeste do país, região responsável por 70% do armazenamento de água nas usinas hidrelétricas, ficará em 94% da média de longo termo (MLT) do mês de dezembro.

O número é inferior aos 107% da média previstos na semana passada, porém permanece acima do nível entre 60% a 70% da MLT registrado em novembro.

Na região Sul as projeções também são menos otimistas, e agora o ONS indica uma afluência equivalente a 84% da média histórica - era de 98% da MLT na sexta-feira passada.

A estimativa para o subsistema Nordeste, por outro lado, foi elevada de 78% para 83% da MLT, variação positiva dado o atual patamar dos reservatórios na região.

A projeção para ENA na região Norte foi reduzida de 87% para 73% da MLT.

Com a percepção menos otimista em relação ao nível de chuvas em dezembro, o ONS também reduziu a estimativa do nível dos reservatórios ao final do mês.

Na região Sudeste, onde os reservatórios estavam com 16,15% da capacidade até ontem, esse número deve subir a 22,1% ao final do mês. Na sexta-feira passada, o ONS previu que os reservatórios terminassem o ano com 24,3% da capacidade.

As projeções para as regiões Sul e Norte também foram reduzidas. No caso do Sul do país, os reservatórios devem terminar o ano com 48,4% da capacidade - estava em 54,7% na semana passada.

No caso da região Norte, houve redução de 34,1% para 30,7% da capacidade. Na região Nordeste, por outro lado, a previsão foi elevada de 21,3% para 22,3% da capacidade.

Conforme a medição de quinta-feira, 4, feita pelo ONS, os reservatórios operavam com 61,88% no Sul, 13,29% no Nordeste e 27,16% na região Norte.

Carga

O ONS também anunciou nesta sexta-feira, 5, a primeira revisão para a projeção de carga mensal no sistema nacional (SIN) durante o mês de dezembro.

A demanda deve crescer 3,3%, abaixo da estimativa de 3,5% apresentada na sexta-feira passada. A carga prevista no mês está em 66.369 MW médios, contra 66.536 MW médios previstos uma semana atrás.

A variação é explicada principalmente pelo cenário menos robusto previsto na região Sudeste, cuja carga responde por quase 60% da demanda do país.

A projeção mensal foi reduzida de 3,7% em dezembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 2,8%.

Na região Sul, por outro lado, a variação esperada foi ampliada de 3,9% para 4,7%. A projeção para a região Nordeste foi mantida em 5,3%, enquanto que a retração esperada na região Norte foi ajustada de -2,1% para -0,7%.

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