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CSA é só o começo da arrancada do Brasil, diz Lula

Durante a inauguração da siderúrgica, presidente afirma que o país estará entre as maiores economias do mundo em breve

CSA, ainda em construção: símbolo da confiança renovada no Brasil, diz Lula
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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 09h15.

São Paulo - Os cinco milhões de toneladas de aço que a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) produzirá por ano são apenas o começo da arrancada do Brasil rumo ao grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, durante a cerimônia de inauguração da usina nesta sexta-feira (18/6), Lula afirmou que "acredito que os cinco milhões de toneladas são apenas para começar. Esse país, no mais tardar nos próximos dez anos, será a quinta ou quarta maior economia do mundo."

Em fim de mandato, Lula recorreu ao exemplo da CSA para fazer um balanço de seus oito anos de mandato - e mostrar como a confiança dos investidores cresceu nesse período. Segundo o presidente, "algumas pessoas não acreditavam que a CSA pudesse ser concluída". Para Lula, o projeto mostra que o país ficou mais sério sob seu governo e que, por isso, os contratos agora são cumpridos. "Por muito tempo, as pessoas acreditaram no jeitinho brasileiro, em assinar contrato e não cumprir."

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Segundo Lula, a confiança dos investidores no Brasil aumento, à medida que a dívida externa foi paga. O presidente lembrou que, de devedor do Fundo Monetário Internacional (FMI), o país agora é credor. Destacou o salto das reservas internacionais - hoje, a sétima maior do planeta, com mais de 250 bilhões de dólares. A força da economia e das empresas brasileiras foi exemplificado por Lula com o fato de que a Vale aportou mais dinheiro na CSA, no momento em que a Thyssen não podia devido à crise mundial, para que o projeto não parasse. "Eu aprendi que a Thyssen só vai me respeitar se eu for sério", afirmou Lula.

Primeiro time

Lula dividiu o mundo em dois grupos, atualmente: os que apostam na geração de emprego e renda, e os que precisam de ajustes fiscais. No primeiro time, estariam o Brasil, Rússia, Índia e China - o chamado Bric - e os Estados Unidos. No segundo, as nações européias. "Desde 1975, não havia investimento em infraestrutura no país", afirmou.

A expansão acelerada já leva diversos economistas a apontar os gargalos do Brasil. Um deles é a falta de mão-de-obra qualificada. Lula afirmou que ainda vai inaugurar duas universidades federais neste ano, e garantiu que não faltarão recursos humanos para sustentar a economia. "Queria dizer para a Thyssen que este país vai ter mão-de-obra qualificada como nunca teve antes na sua história."

Projeto

A CSA é uma parceria da Vale (26,87% do capital) com a ThyssenKrupp, 18º maior grupo siderúrgico do mundo. Lançado em setembro de 2006, o projeto foi implantado em Santa Cruz (RJ), próximo ao porto de Sepetiba. A planta consumiu 5,2 bilhões de euros de investimentos - cerca de 8,2 bilhões de dólares. Foi o maior investimento no setor siderúrgico realizado nos últimos 15 anos no Brasil.

A CSA vai produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano. Cerca de 40% desse volume será exportado. Além de ser o primeiro projeto greenfield de siderúrgica da qual a Vale participa, a mineradora também vai lucrar com um contrato exclusivo de fornecimento de minério de longo prazo.

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