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Criação de vagas é insuficiente para atender à demanda do mercado

Segundo pesquisa, a taxa de desemprego registrou estabilidade nas seis principais regiões metropolitanas do país em maio

Enquanto houve queda de desocupação em Belo Horizonte, a pesquisa aponta aumento da taxa no Rio e em Porto Alegre (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 14h40.

Rio de Janeiro - A estabilidade na taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país na passagem de abril para maio, em 6,4%, reflete um ritmo de abertura de postos de trabalho ainda insuficiente para atender à pressão do mercado. A avaliação é do gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo. O levantamento foi divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, no entanto, na comparação com maio de 2010, quando a taxa ficou em 7,5%, houve queda de 1,1 ponto percentual.

“Esse resultado de estabilidade é consequência do não crescimento da população ocupada em termos suficientes para atender à demanda de desocupação. A população ocupada cresce em algumas regiões e em setores específicos, mas não foi suficiente para, no conjunto das seis regiões metropolitanas, apresentar queda na desocupação”, explicou.

Segundo Azeredo, apesar da manutenção do patamar do mês anterior, o mercado de trabalho sinaliza uma recuperação, com queda na desocupação em algumas regiões em função da abertura de vagas principalmente na indústria.

É o caso de Belo Horizonte, onde a taxa de desocupação caiu de 5,3% para 4,7% de um mês para o outro, e a ocupação na indústria aumentou 7%, com a contratação de aproximadamente 30 mil trabalhadores. O mesmo movimento, embora num ritmo menos intenso, foi observado em São Paulo, onde a taxa de desocupação diminuiu de 7,1% para 6,7% e a ocupação na indústria subiu 2,7%, com 49 mil vagas a mais.

“Embora a desocupação estivesse estável, a gente percebe claramente que em algumas regiões, como é o caso de Belo Horizonte e de São Paulo, há sinais de que a taxa vai inflexionar, principalmente em função de a indústria ter ‘estartado’ o processo de contratação”, acrescentou.

Por outro lado, a pesquisa aponta que houve aumento na desocupação nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Porto Alegre.

No caso do Rio de Janeiro, cuja taxa de desemprego subiu de 4,8% para 5,4% de abril para maio, Cimar Azeredo acredita que é necessário esperar os resultados das próximas pesquisas para avaliar as causas da “elevação inesperada”. Já em Porto Alegre, cujo indicador subiu de 4,6% para 5,1% na passagem de abril para maio, o fechamento de uma fábrica pode ter provocado a redução na população ocupada.

Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, o nível da ocupação, que representa a proporção da população ocupada em relação às pessoas em idade economicamente ativa, foi estimado em 53,6% em maio para o conjunto das seis regiões metropolitanas. A taxa ficou estável em relação a abril e subiu 0,6 ponto porcentual na comparação com o mesmo período de 2010.

"Há um crescimento da população ocupada e esse crescimento é positivo. Ele está sempre devagar e indo à frente. Está crescendo gradativamente de janeiro para cá", destacou Cimar Azeredo.

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Rio de Janeiro - A estabilidade na taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país na passagem de abril para maio, em 6,4%, reflete um ritmo de abertura de postos de trabalho ainda insuficiente para atender à pressão do mercado. A avaliação é do gerente da Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo. O levantamento foi divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, no entanto, na comparação com maio de 2010, quando a taxa ficou em 7,5%, houve queda de 1,1 ponto percentual.

“Esse resultado de estabilidade é consequência do não crescimento da população ocupada em termos suficientes para atender à demanda de desocupação. A população ocupada cresce em algumas regiões e em setores específicos, mas não foi suficiente para, no conjunto das seis regiões metropolitanas, apresentar queda na desocupação”, explicou.

Segundo Azeredo, apesar da manutenção do patamar do mês anterior, o mercado de trabalho sinaliza uma recuperação, com queda na desocupação em algumas regiões em função da abertura de vagas principalmente na indústria.

É o caso de Belo Horizonte, onde a taxa de desocupação caiu de 5,3% para 4,7% de um mês para o outro, e a ocupação na indústria aumentou 7%, com a contratação de aproximadamente 30 mil trabalhadores. O mesmo movimento, embora num ritmo menos intenso, foi observado em São Paulo, onde a taxa de desocupação diminuiu de 7,1% para 6,7% e a ocupação na indústria subiu 2,7%, com 49 mil vagas a mais.

“Embora a desocupação estivesse estável, a gente percebe claramente que em algumas regiões, como é o caso de Belo Horizonte e de São Paulo, há sinais de que a taxa vai inflexionar, principalmente em função de a indústria ter ‘estartado’ o processo de contratação”, acrescentou.

Por outro lado, a pesquisa aponta que houve aumento na desocupação nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Porto Alegre.

No caso do Rio de Janeiro, cuja taxa de desemprego subiu de 4,8% para 5,4% de abril para maio, Cimar Azeredo acredita que é necessário esperar os resultados das próximas pesquisas para avaliar as causas da “elevação inesperada”. Já em Porto Alegre, cujo indicador subiu de 4,6% para 5,1% na passagem de abril para maio, o fechamento de uma fábrica pode ter provocado a redução na população ocupada.

Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, o nível da ocupação, que representa a proporção da população ocupada em relação às pessoas em idade economicamente ativa, foi estimado em 53,6% em maio para o conjunto das seis regiões metropolitanas. A taxa ficou estável em relação a abril e subiu 0,6 ponto porcentual na comparação com o mesmo período de 2010.

"Há um crescimento da população ocupada e esse crescimento é positivo. Ele está sempre devagar e indo à frente. Está crescendo gradativamente de janeiro para cá", destacou Cimar Azeredo.

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