Coutinho prevê 'momentos difíceis' no cenário global
Presidente do BNDES acredita que situação da Europa ainda pode piorar
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2011 às 14h16.
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, prevê "momentos difíceis pela frente" no cenário global, tendo em vista a ausência, até o momento, de uma solução coordenada para os problemas das economias europeias. Em palestra durante o seminário "O Novo Pensamento Econômico", que ocorre hoje no banco, ele alertou que no cenário europeu ainda há questões não resolvidas, que podem conduzir ao agravamento do atual ambiente, já turbulento.
Coutinho lembrou que ainda não foram encontradas soluções de ajuste fiscal em um horizonte de longo prazo nas economias periféricas da Europa. Além disso, considerou que, mesmo que o Banco Central Europeu (BCE) consiga interromper possíveis movimentos de ruptura na economia da região, estas medidas só funcionarão no longo prazo se os países da região crescerem a níveis razoáveis.
Para ele, com o consumo das famílias em desaceleração na Europa, neste contexto, dificilmente ocorrerá crescimento do investimento privado. Ou seja: fatores que conduzem ao crescimento econômico não estão sendo visualizados, no momento, nos países europeus. "A construção de uma arquitetura de novas soluções parece ainda longe de ter alcance, um grau de consistência", avaliou Coutinho.
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, prevê "momentos difíceis pela frente" no cenário global, tendo em vista a ausência, até o momento, de uma solução coordenada para os problemas das economias europeias. Em palestra durante o seminário "O Novo Pensamento Econômico", que ocorre hoje no banco, ele alertou que no cenário europeu ainda há questões não resolvidas, que podem conduzir ao agravamento do atual ambiente, já turbulento.
Coutinho lembrou que ainda não foram encontradas soluções de ajuste fiscal em um horizonte de longo prazo nas economias periféricas da Europa. Além disso, considerou que, mesmo que o Banco Central Europeu (BCE) consiga interromper possíveis movimentos de ruptura na economia da região, estas medidas só funcionarão no longo prazo se os países da região crescerem a níveis razoáveis.
Para ele, com o consumo das famílias em desaceleração na Europa, neste contexto, dificilmente ocorrerá crescimento do investimento privado. Ou seja: fatores que conduzem ao crescimento econômico não estão sendo visualizados, no momento, nos países europeus. "A construção de uma arquitetura de novas soluções parece ainda longe de ter alcance, um grau de consistência", avaliou Coutinho.