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Corte do orçamento representa US$ 18,6 bi, diz Mantega

O ministro destacou ainda que a projeção do resultado primário também foi revisado para um patamar mais baixo, de 1% do PIB para 0,36% do PIB

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: "a previsão de receita foi revisada e a nova projeção foi feita em bases bem conservadoras", disse (Wilson Dias/ABr)
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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 13h54.

São Paulo - Em conferência com analistas estrangeiros nesta sexta-feira, 21, o ministro da Fazenda, Guido Mantega , falou sobre a programação orçamentária de 2014, ressaltando que a meta de superávit primário será de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e que isso representa um corte de US$ 18,6 bilhões no orçamento aprovado no Congresso.

"A previsão de receita foi revisada e a nova projeção foi feita em bases bem conservadoras. As receitas extraordinárias que ocorrem praticamente em todos os anos também estão projetadas em patamar bem menor do que ocorreu no ano passado", afirmou o ministro, que disse ainda que não estão previstas para 2014 reduções de tributos.

Ele destacou ainda que a projeção do resultado primário a ser feito pelos Estados e municípios também foi revisado para um patamar mais baixo, de 1% do PIB para 0,36% do PIB.

"Com esse resultado primário de 1,9% do PIB nós teremos uma redução da dívida bruta e da dívida líquida em 2014", disse Mantega.

Pressão inflacionária

Mantega também ressaltou que a meta fiscal de 2014 irá contribuir para reduzir as pressões inflacionárias. "Com essa economia a ser feita pelo Estado brasileiro nós estaremos contribuindo para atenuar a pressão inflacionária que ocorreu no ano passado", disse.

Ele afirmou que em 2013, com superávit primário de 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB), houve redução da dívida líquida e da dívida bruta. Mantega citou que a dívida líquida recuou 35,3% para 33,8%, enquanto a dívida bruta caiu de 58,8% para 57,2%.


Custo de energia

Ao ser questionado sobre a questão energética, o ministro da Fazenda afirmou que o governo está trabalhando com uma despesa adicional para o setor de energia de R$ 9 bilhões, já previstos no orçamento.

"Por enquanto ainda não está claro se vai haver aumento de despesas de energia em 2014 e como vamos distribuí-las entre o setor público e as tarifas de energia", disse.

"Isso só ocorrerá até abril quando saberemos exatamente qual será o tamanho dos nossos reservatórios e quanto poderemos ter de despesas adicionais", completou Mantega, afirmando ainda que o governo está preparado para cobrir eventuais despesas adicionais.

"Faremos, conforme for, um sacrifício suplementar", disse o ministro, afirmando que o governo poderá ter outras fontes de receita caso contas não previstas apareçam.

Sem precipitação

Questionado pela segunda vez sobre energia em conferência com analistas estrangeiros, o ministro da Fazenda disse que é preciso aguardar uma definição sobre a questão. "Não vamos nos precipitar e colocar a carroça à frente dos bois", disse. "Se houver necessidade haverá um esforço adicional para que a meta de 1,9% não seja frustrada, seja atingida plenamente", complementou.

Mantega disse ainda que nenhuma instituição conseguiu apontar qual será a necessidade adicional para a energia além da previsão de R$ 9 bilhões com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

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São Paulo - Em conferência com analistas estrangeiros nesta sexta-feira, 21, o ministro da Fazenda, Guido Mantega , falou sobre a programação orçamentária de 2014, ressaltando que a meta de superávit primário será de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e que isso representa um corte de US$ 18,6 bilhões no orçamento aprovado no Congresso.

"A previsão de receita foi revisada e a nova projeção foi feita em bases bem conservadoras. As receitas extraordinárias que ocorrem praticamente em todos os anos também estão projetadas em patamar bem menor do que ocorreu no ano passado", afirmou o ministro, que disse ainda que não estão previstas para 2014 reduções de tributos.

Ele destacou ainda que a projeção do resultado primário a ser feito pelos Estados e municípios também foi revisado para um patamar mais baixo, de 1% do PIB para 0,36% do PIB.

"Com esse resultado primário de 1,9% do PIB nós teremos uma redução da dívida bruta e da dívida líquida em 2014", disse Mantega.

Pressão inflacionária

Mantega também ressaltou que a meta fiscal de 2014 irá contribuir para reduzir as pressões inflacionárias. "Com essa economia a ser feita pelo Estado brasileiro nós estaremos contribuindo para atenuar a pressão inflacionária que ocorreu no ano passado", disse.

Ele afirmou que em 2013, com superávit primário de 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB), houve redução da dívida líquida e da dívida bruta. Mantega citou que a dívida líquida recuou 35,3% para 33,8%, enquanto a dívida bruta caiu de 58,8% para 57,2%.


Custo de energia

Ao ser questionado sobre a questão energética, o ministro da Fazenda afirmou que o governo está trabalhando com uma despesa adicional para o setor de energia de R$ 9 bilhões, já previstos no orçamento.

"Por enquanto ainda não está claro se vai haver aumento de despesas de energia em 2014 e como vamos distribuí-las entre o setor público e as tarifas de energia", disse.

"Isso só ocorrerá até abril quando saberemos exatamente qual será o tamanho dos nossos reservatórios e quanto poderemos ter de despesas adicionais", completou Mantega, afirmando ainda que o governo está preparado para cobrir eventuais despesas adicionais.

"Faremos, conforme for, um sacrifício suplementar", disse o ministro, afirmando que o governo poderá ter outras fontes de receita caso contas não previstas apareçam.

Sem precipitação

Questionado pela segunda vez sobre energia em conferência com analistas estrangeiros, o ministro da Fazenda disse que é preciso aguardar uma definição sobre a questão. "Não vamos nos precipitar e colocar a carroça à frente dos bois", disse. "Se houver necessidade haverá um esforço adicional para que a meta de 1,9% não seja frustrada, seja atingida plenamente", complementou.

Mantega disse ainda que nenhuma instituição conseguiu apontar qual será a necessidade adicional para a energia além da previsão de R$ 9 bilhões com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

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