Corte de contratos no Galeão pode afetar operações
O Galeão é um dos aeroportos afetados pela determinação da Infraero de apertar o cinto para reduzir despesas
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 08h52.
Rio - Às vésperas do leilão que concederá sua gestão à iniciativa privada, em 22 de novembro, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro sofreu cortes de 57% em pelo menos nove contratos de prestação de serviços de manutenção preventiva. O Galeão é um dos aeroportos afetados pela determinação da Infraero de apertar o cinto para reduzir despesas.
O Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, apurou que o custeio médio mensal dos contratos de manutenção do aeroporto cairá dos atuais R$ 4,274 milhões para R$ 1,823 milhões mensais - excluídos os gastos com água e esgoto.
A Infraero reduziu em 75,5% o valor mensal pago no contrato de manutenção e operação do sistema elétrico do aeroporto, para R$ 267,4 mil, e de 206 para 44 o pessoal alocado nos serviços, prestados pelo consórcio MPE/Consbem. Segundo relatório do superintendente do Galeão , Emmanoeth Jesus Vieira de Sá, os sistemas de Auxílios Visuais e Navegação Aérea ficarão expostos a interrupções não programadas, assim como as pistas.
O relatório afirma que a manutenção preventiva nas pontes de embarque do Galeão será interrompida. Isso porque a Superintendência Regional da Infraero no Rio também reduziu de 50 para 20 o efetivo encarregado, bem como o valor pago.
A falta de manutenção nas pontes, com mais de 30 anos, resultará em "situação fora de controle" e "de gestão totalmente vulnerável frente aos órgãos de fiscalização". Além de reduzir a capacidade operacional do aeroporto, a mudança pode "gerar acidentes com aeronaves, causando prejuízos financeiros incalculáveis".
A economia atingiu até mesmo a operação dos Sistemas Eletrônicos do Galeão: o valor do contrato minguou 72,8% e a equipe, de 70 para 15 pessoas. "O perfeito funcionamento dos sistemas eletrônicos é de fundamental importância na segurança aeroportuária", diz Vieira de Sá.
Entre outras coisas, o sistema controla o acesso às áreas restritas, monitora os pátios de aeronaves, trânsito de passageiros para embarque, informações de chegadas e partidas de voos e controle de energia elétrica.
Outro contrato cortado pela metade foi o de assistência técnica dos serviços de ar-condicionado do aeroporto internacional do Rio, a cargo das empresas IC Supply e CVF. Os gestores diretos do Galeão alertam que, nesse caso, pode haver também consequências para a saúde dos usuários do aeroporto pelo descumprimento da legislação sanitária. A lista inclui ainda os serviços de manutenção de escadas rolantes, elevadores e sistema de transporte de bagagens.
Saída
Os cinco superintendentes operacionais que encaminharam este mês o documento de reconsideração da proposta das medidas de contenção nos aeroportos à direção da Infraero acreditam que a solução para a situação econômico-financeira da empresa é mais complexa que a restrição orçamentária.
Eles sugerem medidas como busca de financiamento no BNDES, plano de demissão incentivada, renegociação de contratos comerciais, plano agressivo de exploração comercial dos aeroportos, fechamento de terminais de carga não rentáveis e revisão tarifária.
Recentemente, a estatal anunciou o início de um plano de reestruturação para abertura de capital, possibilitando a negociação de suas ações em bolsa de valores até 2016. A meta era concluir o enxugamento até fevereiro de 2014, com medidas como o fim das superintendências regionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Rio - Às vésperas do leilão que concederá sua gestão à iniciativa privada, em 22 de novembro, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro sofreu cortes de 57% em pelo menos nove contratos de prestação de serviços de manutenção preventiva. O Galeão é um dos aeroportos afetados pela determinação da Infraero de apertar o cinto para reduzir despesas.
O Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, apurou que o custeio médio mensal dos contratos de manutenção do aeroporto cairá dos atuais R$ 4,274 milhões para R$ 1,823 milhões mensais - excluídos os gastos com água e esgoto.
A Infraero reduziu em 75,5% o valor mensal pago no contrato de manutenção e operação do sistema elétrico do aeroporto, para R$ 267,4 mil, e de 206 para 44 o pessoal alocado nos serviços, prestados pelo consórcio MPE/Consbem. Segundo relatório do superintendente do Galeão , Emmanoeth Jesus Vieira de Sá, os sistemas de Auxílios Visuais e Navegação Aérea ficarão expostos a interrupções não programadas, assim como as pistas.
O relatório afirma que a manutenção preventiva nas pontes de embarque do Galeão será interrompida. Isso porque a Superintendência Regional da Infraero no Rio também reduziu de 50 para 20 o efetivo encarregado, bem como o valor pago.
A falta de manutenção nas pontes, com mais de 30 anos, resultará em "situação fora de controle" e "de gestão totalmente vulnerável frente aos órgãos de fiscalização". Além de reduzir a capacidade operacional do aeroporto, a mudança pode "gerar acidentes com aeronaves, causando prejuízos financeiros incalculáveis".
A economia atingiu até mesmo a operação dos Sistemas Eletrônicos do Galeão: o valor do contrato minguou 72,8% e a equipe, de 70 para 15 pessoas. "O perfeito funcionamento dos sistemas eletrônicos é de fundamental importância na segurança aeroportuária", diz Vieira de Sá.
Entre outras coisas, o sistema controla o acesso às áreas restritas, monitora os pátios de aeronaves, trânsito de passageiros para embarque, informações de chegadas e partidas de voos e controle de energia elétrica.
Outro contrato cortado pela metade foi o de assistência técnica dos serviços de ar-condicionado do aeroporto internacional do Rio, a cargo das empresas IC Supply e CVF. Os gestores diretos do Galeão alertam que, nesse caso, pode haver também consequências para a saúde dos usuários do aeroporto pelo descumprimento da legislação sanitária. A lista inclui ainda os serviços de manutenção de escadas rolantes, elevadores e sistema de transporte de bagagens.
Saída
Os cinco superintendentes operacionais que encaminharam este mês o documento de reconsideração da proposta das medidas de contenção nos aeroportos à direção da Infraero acreditam que a solução para a situação econômico-financeira da empresa é mais complexa que a restrição orçamentária.
Eles sugerem medidas como busca de financiamento no BNDES, plano de demissão incentivada, renegociação de contratos comerciais, plano agressivo de exploração comercial dos aeroportos, fechamento de terminais de carga não rentáveis e revisão tarifária.
Recentemente, a estatal anunciou o início de um plano de reestruturação para abertura de capital, possibilitando a negociação de suas ações em bolsa de valores até 2016. A meta era concluir o enxugamento até fevereiro de 2014, com medidas como o fim das superintendências regionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.