Economia

Copom define hoje nova taxa básica de juros

O resultado será divulgado na noite desta quarta-feira, depois de os diretores do BC debaterem sobre a conjuntura econômica nacional e internacional

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC semanalmente esperam por mais uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa, que atualmente está em 12,25% (Elza Fiúza/ABr)

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC semanalmente esperam por mais uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa, que atualmente está em 12,25% (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 12h01.

Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (20) à tarde a segunda etapa da reunião para definir a taxa básica de juros, a Selic. O resultado será divulgado à noite, depois de os diretores do BC debaterem sobre a conjuntura econômica nacional e internacional.

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC semanalmente esperam por mais uma elevação de 0,25 ponto percentual na taxa, que atualmente está em 12,25% ao ano. Neste ano, o Copom elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, em janeiro e março, e em 0,25 ponto percentual, em abril e junho.

O Copom aumenta a Selic quando a economia está aquecida, com trajetória de inflação em alta. Nesse cenário de economia aquecida, a procura por bens e serviços cresce e há dificuldade para a indústria, o comércio e o setor de serviços suprirem o consumidor na mesma proporção do aumento da demanda. Como o aumento da demanda e da oferta não tem o mesmo ritmo, os preços sobem, gerando inflação.
O principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação é elevar a taxa Selic, como forma de tornar o crédito mais caro. Ao elevá-la, a ideia do BC é estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda. Mas há economistas que criticam esse método de combate à inflação com o aumento da Selic. Isso porque o aumento dos juros onera investimentos empresariais e agrava a dívida pública.

Cabe ao BC controlar a inflação e atingir a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e o presidente da autoridade monetária. Para este ano, 2012 e 2013, a meta de inflação tem como centro 4,5% e margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 6,5%.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem ressaltado que a inflação só deve convergir para o centro da meta em 2012. Segundo projeção do BC, a estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é 5,8%, neste ano, e 4,8%, em 2012.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,15% em junho, a quinta redução mensal consecutiva este ano. No acumulado de 2011, o IPCA chega a 3,87%. Em 12 meses encerrados em junho, a inflação está em 6,71%, a maior desde julho de 2005, que havia apresentado taxa anualizada de 7,27%.

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