Economia

Conta do Brexit ao Reino Unido será muito elevada, diz Juncker

De acordo com várias fontes europeias, Bruxelas poderia cobrar dos britânicos uma "fatura" para sair da UE de quase 60 bilhões de euros

Jean-Claude Juncker: Londres pretende comunicar oficialmente até o fim de março a intenção de abandonar o bloco (Vincent Kessler/Reuters)

Jean-Claude Juncker: Londres pretende comunicar oficialmente até o fim de março a intenção de abandonar o bloco (Vincent Kessler/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 11h27.

A saída do Reino Unido da União Europeia terá um custo "muito elevado" para Londres, advertiu nesta terça-feira o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, semanas antes de o governo britânico iniciar oficialmente o processo do Brexit.

"Os britânicos devem saber, e já sabem, que (o Brexit) não terá um custo reduzido ou um custo zero. Os britânicos devem respeitar os compromissos de cuja elaboração participaram", destacou Juncker em um discurso na Câmara de Representantes belga para deputados, senadores e eurodeputados deste país.

Londres pretende comunicar oficialmente até o fim de março, uma vez concluído o trâmite parlamentar centrado atualmente na Câmara dos Lordes, a intenção de abandonar o bloco, o que iniciará até dois anos de negociações com os sócios europeus.

"Esta será uma negociação difícil, que levará anos, para chegar a um acordo sobre as modalidades de saída e sobre a futura arquitetura das relações entre Reino Unido e União Europeia", disse Juncker em um discurso de uma hora.

Bruxelas poderia cobrar dos britânicos uma "fatura" para sair da UE de quase 60 bilhões de euros (64 bilhões de dólares), de acordo com várias fontes europeias. O valor corresponde aos compromissos já assumidos por Londres em termos de contribuição ao orçamento da UE.

Até o momento, o Executivo comunitário se recusou a detalhar a quantia exata que cobrará do Reino Unido.

"Temos que solucionar este assunto, não com o coração repleto de um sentimento de hostilidade, e sim com a consciência de que o continente deve muito ao Reino Unido", completou Juncker.

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