Economia

Consumidores buscam presentes e shoppings ampliam horário

Em dois shoppings da área central de Brasília as lojas abriram mais cedo e fecharam somente às 23h

Shopping no centro de Brasília tem movimento intenso nos últimos dias antes do Natal (Valter Campanato/Agência Brasil)

Shopping no centro de Brasília tem movimento intenso nos últimos dias antes do Natal (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 07h20.

Brasília - Na véspera do Natal, os shoppings de Brasília ainda registram movimento. Em alguns deles, o horário de funcionamento chegou a ser alterado para atender à demanda de fim de ano e muita gente aproveitou a terça-feira (23) para fazer as últimas compras.

Em dois shoppings da área central da cidade as lojas abriram mais cedo e fecharam somente às 23h. Segundo a assessoria de um deles, o movimento vem crescendo.

No domingo (21), o fluxo dobrou em relação aos dias normais e cerca de 60 mil pessoas passaram pelo estabelecimento. Até o início da tarde de ontem, o movimento já estava em aproximadamente 102 mil pessoas.

No outro estabelecimento, cerca de 50 mil circularam por dia durante o período de Natal, segundo dados da assessoria. O shopping registrou aumento de 11% nas vendas de novembro e a expectativa é que dezembro supere em 15% o aumento do ano passado.

A correria e a falta de tempo são os principais motivos citados por quem resolveu encarar as lojas nessa terça-feira. “Trabalhando todo dia. A gente que trabalha com cozinha está sempre na correria. É de domingo a domingo”, conta João da Mata. Na busca por um presente para o filho, ele foi às compras com a mulher. “Tem que dar uma encarada, mas está bem cheio. Vamos ver se conseguimos uma promoção”.

A professora Ana Caroline chegou à cidade no fim de semana e teve pouco tempo para as compras. “Hoje estava difícil demais. Muita fila, muita gente. Dá vontade de desistir”. Mesmo com o grande movimento dentro da loja, ela conta que não teve problema com o atendimento.

Quem antecipou as compras, mas ainda se lembrou de alguma coisa que faltou, sentiu diferença no movimento. Foi o caso da servidora pública Lorena de Araújo. “O shopping hoje está mais cheio mesmo. Hoje foi para o noivo e para o pai. Só alguns [presentes] que estavam faltando”.

A professora Lucielia Xavier esperava sentada em um banco. Ela antecipou os presentes, mas não escapou do movimento: acabou indo para acompanhar a filha. “Ela deixou para a última hora. Não seguiu o exemplo”, conta, mantendo o bom humor.

Muita gente apostou em presentes mais úteis. A Lucielia foi uma delas. “Mochila para a faculdade, roupas, sapato. A minha filha comprou livros para as amigas e roupa para o namorado”. A estudante Fernanda Linhares investiu nos eletrônicos e teve dificuldade. “Achei muito caro e não tinha muita opção nas lojas”.

Se para os consumidores o dia foi de muita pesquisa e procura, nos dois shoppings gerentes de algumas lojas não registraram tantas vendas.

Maria das Mercedes é gerente de uma loja de roupas e conta que no ano passado as vendas foram melhores. “Tinha gente dando mais presente. Rm uma hora como esta, a gente estava com a loja lotada. Hoje, está com movimento de um dia normal e não de Natal”.

Erivaldo Almeida também é gerente de uma loja de roupas e disse que 14 pessoas foram contratadas para auxiliar nas vendas. Bermudas, camisetas e calças têm sido os itens preferidos dos clientes. Apesar do bom movimento, a loja não estava tão cheia. “Por ser Natal, esperava um movimento maior”. Ele conta que entre domingo e terça-feira, o movimento não aumentou mas que ainda assim, em geral, as vendas melhoraram com relação ao ano passado.

Em uma loja de calçados, o gerente Alaércio Matos acredita que no dia que antecede o Natal, as compras caíram. “O movimento caiu bastante em comparação com o ano passado. Por volta de 15% a 20 % no mesmo período, de 1º a 23”.

A expectativa agora é garantir algumas vendas antes do fim do ano. “A gente está com a expectativa de que depois do Natal, venham os cliente pensando na liquidação”.

Mas qual seria o motivo da queda das vendas? Para Alaércio, uma possibilidade é o aumento dos gastos. “O brasileiro gastou muito o ano todo. Acredito que seja por endividamento do nosso público mesmo”. Maria das Mercedes aposta na troca de governo. “Eu acredito que com a mudança de governo, as pessoas estão com medo de gastar, outras nem receberam ainda”.

Para quem ainda tem compras a fazer, shoppings e feiras da cidade ainda abrirão hoje. Os horários variam, mas em alguns locais o funcionamento será até as 17h.

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