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Consumidor brasileiro é o mais otimista entre 9 emergentes

Brasileiro segue otimista, mas já foge de compras maiores e está com medo da inflação, diz pesquisa do Credit Suisse

Consumidores fazem compras em São Paulo: otimismo permanece, apesar de queda (Lela Beltrão)

João Pedro Caleiro

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 12h40.

São Paulo - O otimismo do brasileiro continua alto: 58% esperam uma melhora na sua situação financeira nos próximos 6 meses.

É menos do que os 63% do ano anterior, mas ainda é a melhor taxa da pesquisa anual divulgada esta semana pelo Credit Suisse sobre o comportamento dos consumidores em 9 países emergentes.

De acordo com o texto do relatório, 4 anos de pesquisas mostram que 2013 viu um aumento do "ceticismo e desconforto" entre os emergentes.

Ele também conclui que consistentemente, os russos se mostram pessimistas e os brasileiros se mostram otimistas.

Isso se explica pelo desemprego baixo e pelo crescimento da renda , mas o bom humor começa a dar sinais de enfraquecimento: caiu o número dos brasileiros que consideram agora um bom momento para fazer uma compra de peso e disparou (de 10% para 40%) a taxa dos que esperam mais inflação.

A expectativa de gasto não-essencial continua alta, mas parou de crescer. Os brasileiros estão agora mais focados no consumo de itens cotidianos, como roupas, do que de coisas maiores, como casa e carro.

O IBGE divulgou hoje que o varejo brasileiro cresceu 4,3% em 2013 - o menor número em 10 anos. A alta nas vendas de automóveis também foi a menor desde 2003.

Pobres e ricos

O relatório também mostra diferença significativa nas expectivas nos diferentes níveis de renda. 50% dos brasileiros mais pobres, por exemplo, esperam melhora financeira no curto prazo, contra 70% dos mais ricos.


Na África do Sul e na Rússia , os pobres estão bastante pessimistas e os ricos, bastante otimistas - o que o banco aponta como possível fonte de tensão social.

Na Indonésia, pelo contrário, as classes mais baixas se veem com perspectivas melhores do que as classes mais baixas. Na Índia, o nível de otimismo entre os dois grupos é praticamente o mesmo.

Rurais e urbanos

Uma das conclusões do relatório é que o consumidor rural, sempre negligenciado, começa finalmente a ganhar importância nos emergentes.

Isso é especialmente notável na China e na Índia , onde melhoras na infraestrutura e nos salários começam a ter impacto nas áreas mais distantes do país.

Nesse aspecto, o Brasil é a exceção: por aqui, as expectativas dos consumidores urbanos continuam muito superiores a dos rurais.

Pesquisa

O México , incluído pela primeira vez na pesquisa, tem crescimento mais forte mas ainda precisa de mais reformas para chegar ao patamar do Brasil, onde as classes média e alta desempenham um papel mais importante, de acordo com o Credit Suisse.

A pesquisa do banco foi realizada em parceria com a Nielsen. Foram feitas entrevistas de 146 perguntas com 16 mil entrevistados em 9 países: Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia Saudita, Turquia e África do Sul.

No Brasil, foram 1.500 entrevistas em 5 localidades geográficas, com 70% de consumidores urbanos e 30% de rurais.

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São Paulo - O otimismo do brasileiro continua alto: 58% esperam uma melhora na sua situação financeira nos próximos 6 meses.

É menos do que os 63% do ano anterior, mas ainda é a melhor taxa da pesquisa anual divulgada esta semana pelo Credit Suisse sobre o comportamento dos consumidores em 9 países emergentes.

De acordo com o texto do relatório, 4 anos de pesquisas mostram que 2013 viu um aumento do "ceticismo e desconforto" entre os emergentes.

Ele também conclui que consistentemente, os russos se mostram pessimistas e os brasileiros se mostram otimistas.

Isso se explica pelo desemprego baixo e pelo crescimento da renda , mas o bom humor começa a dar sinais de enfraquecimento: caiu o número dos brasileiros que consideram agora um bom momento para fazer uma compra de peso e disparou (de 10% para 40%) a taxa dos que esperam mais inflação.

A expectativa de gasto não-essencial continua alta, mas parou de crescer. Os brasileiros estão agora mais focados no consumo de itens cotidianos, como roupas, do que de coisas maiores, como casa e carro.

O IBGE divulgou hoje que o varejo brasileiro cresceu 4,3% em 2013 - o menor número em 10 anos. A alta nas vendas de automóveis também foi a menor desde 2003.

Pobres e ricos

O relatório também mostra diferença significativa nas expectivas nos diferentes níveis de renda. 50% dos brasileiros mais pobres, por exemplo, esperam melhora financeira no curto prazo, contra 70% dos mais ricos.


Na África do Sul e na Rússia , os pobres estão bastante pessimistas e os ricos, bastante otimistas - o que o banco aponta como possível fonte de tensão social.

Na Indonésia, pelo contrário, as classes mais baixas se veem com perspectivas melhores do que as classes mais baixas. Na Índia, o nível de otimismo entre os dois grupos é praticamente o mesmo.

Rurais e urbanos

Uma das conclusões do relatório é que o consumidor rural, sempre negligenciado, começa finalmente a ganhar importância nos emergentes.

Isso é especialmente notável na China e na Índia , onde melhoras na infraestrutura e nos salários começam a ter impacto nas áreas mais distantes do país.

Nesse aspecto, o Brasil é a exceção: por aqui, as expectativas dos consumidores urbanos continuam muito superiores a dos rurais.

Pesquisa

O México , incluído pela primeira vez na pesquisa, tem crescimento mais forte mas ainda precisa de mais reformas para chegar ao patamar do Brasil, onde as classes média e alta desempenham um papel mais importante, de acordo com o Credit Suisse.

A pesquisa do banco foi realizada em parceria com a Nielsen. Foram feitas entrevistas de 146 perguntas com 16 mil entrevistados em 9 países: Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia Saudita, Turquia e África do Sul.

No Brasil, foram 1.500 entrevistas em 5 localidades geográficas, com 70% de consumidores urbanos e 30% de rurais.

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