Economia

Consultas ao SCPC sobem 4,4% em agosto, em SP

Ao analisar o mês com o mesmo número de dias, até 28 de agosto, o crescimento foi de apenas 1,2%

Oferta de crédito pessoal, em uma rua de São Paulo:  (ROBERTO SETTON/Exame)

Oferta de crédito pessoal, em uma rua de São Paulo: (ROBERTO SETTON/Exame)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2011 às 16h54.

São Paulo - O número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) para vendas a prazo na cidade de São Paulo aumentou 4,4% em agosto em relação ao mesmo mês de 2010. No entanto, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a alta só atingiu esse patamar porque agosto de 2011 teve um dia útil a mais do que no ano passado. Ao analisar o mês com o mesmo número de dias, até 28 de agosto, o crescimento foi de apenas 1,2%. "Se não houvesse esse dia teríamos fechado o mês praticamente estagnados", disse o economista da ACSP, Emilio Alfieri.

Segundo a ACSP, as vendas enfraqueceram após o Dia dos Pais. Além disso, oscilações climáticas não estimularam vendas que costumam ser mais fortes neste período, caso do vestuário de troca de estação. "Ninguém compra mais roupa de inverno, mas também não compra as de verão", afirmou. As consultas para vendas à vista (SCPC/Cheque) apresentou aumento de 2,8% em agosto deste ano (com um dia útil a mais) sobre igual mêsde 2010. Na comparação com o mesmo número de dias, a alta foi de 0 6%.

Para 2011, Alfieri projeta um crescimento "morno" dos índices de consulta medidos pela ACSP, de até 5%. Isso se o cenário econômico internacional se maniver sem grandes solavancos. "Sem o cenário de pânico as vendas devem permanecer mornas, numa faixa de até 5% de aumento de consultas nos dois sistemas", disse. "Mas estamos muito cautelosos nas expectativas de venda até o fim do ano", completou o economista.

O número de novos registros de inadimplência no comércio da capital paulista aumentou 17,7% em agosto último, ante o mesmo mês de 2010. Por outro lado, as baixas na lista de devedores subiram 17,4% na mesma base de comparação, "sinalizando que a inadimplência tende a permanecer num patamar alto", informou a ACSP. "Mas enquanto o desemprego não for afetado pela crise a inadimplência não deve apresentar grandes problemas", disse Alfieri.

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