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Consórcio de Santo Antônio já começou a demitir

De acordo com empresas que integram consórcio, cem operários foram dispensados nesta segunda-feira, 01, e o plano é manter essa média ao longo dos próximos dias

Usina Santo Antônio: cerca de 9 mil pessoas trabalham na obra (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 17h35.

Brasília - O consórcio construtor da usina hidrelétrica de Santo Antônio já começou a demitir os trabalhadores que atuam no canteiro de obras.

De acordo com as empresas que integram o consórcio, cem operários foram dispensados nesta segunda-feira, 01, e o plano é manter essa média ao longo dos próximos dias.

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Cerca de 9 mil pessoas trabalham na obra. O consórcio reiterou que os direitos dos trabalhadores serão respeitados.

No dia 23 de agosto, a Santo Antônio Energia informou o consórcio, por meio de correspondência, que não possui recursos para pagar o custo das obras da usina.

Não foi a primeira vez que a concessionária deixou de pagar suas despesas com a obra, problema que tem ocorrido com mais frequência neste ano.

Por essa razão, as empresas que integram o consórcio decidiram paralisar as obras e iniciar um plano de desmobilização dos funcionários.

O consórcio tem como empreiteiras a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, além das empresas Alstom, Bardella, Voith Siemens, Andritz e Areva, que fornecem equipamentos para a usina.

Ao mesmo tempo, as duas empreiteiras são sócias da concessionária que vai explorar a usina pelos próximos 30 anos.

Especula-se que a paralisação das obras seja uma forma de pressionar o governo uma solução para a usina.

A concessionária Santo Antônio Energia é uma sociedade formada por várias empresas, entre as quais a Odebrecht Energia (18,6%) e a SAAG Investimentos, cujo principal acionista é a Andrade Gutierrez (12,4%).

Também integram o grupo Furnas (39%), fundo Caixa FIP Amazônia Energia (20%) e Cemig (10%).

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