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Confiança do consumidor atinge menor nível desde 2005

O pessimismo recorde em abril deve-se, principalmente, ao aumento de tarifas públicas, à alta da inflação de alimentos e ao noticiário econômico negativo

Consumidores: na classe a AB, a confiança atingiu em abril o menor patamar desde a criação da pesquisa, com 86 pontos; na classe C, o índice foi de 109 pontos; e na DE, marcou 107 pontos (Noel Hendrickson/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 14h06.

São Paulo - O índice nacional de confiança do consumidor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) caiu pelo quinto mês seguido em abril, a 104 pontos, o menor nível da série histórica, iniciada em 2005.

Em março, o índice estava em 117 pontos e em abril do ano passado o patamar era de 138 pontos. O recorde anterior de baixa havia sido registrado em 2005, na época do Mensalão, quando o indicador marcou 111 pontos.

"Esse pessimismo recorde do consumidor, sem precedentes em nossa pesquisa, deve-se, principalmente, ao aumento de tarifas públicas, à alta da inflação de alimentos e ao noticiário econômico negativo", comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Também de forma inédita, o índice mostra que a confiança de quem mora no Sudeste chegou a 95 pontos em abril, de 107 pontos em março, ou seja, o pior da série histórica e no campo pessimista (abaixo de 100 pontos). A ACSP explica que a região - a mais industrializada - é a que mais sofre com a piora nos indicadores da indústria.

No Nordeste o índice caiu para 114 pontos, de 126; no Norte/Centro-Oeste houve queda para 114 pontos, de 134 pontos; e no Sul a confiança recuou para 100 pontos, de 113 pontos.

Nas regiões metropolitanas o índice entrou no campo pessimista, atingindo 99 pontos em abril, contra 107 no mês anterior. "As razões podem ser os aumentos de tarifas e de preços de alimentos e o fato de a população nesses locais estar melhor informada do noticiário econômico e político", diz a ACSP.

Na classe a AB a confiança atingiu em abril o menor patamar desde a criação da pesquisa, com 86 pontos, de 97 pontos em março. Na classe C o índice foi de 109 pontos, contra 123 em março. E, na classe DE, marcou 107 pontos, ante 121 pontos.

Em abril, 38% dos entrevistados consideravam ruim sua situação financeira atual e 35% a julgavam boa. Já 41% esperavam que a situação financeira futura melhorasse e 22% achavam que iria piorar.

Além disso, 36% dos brasileiros se sentiam inseguros no emprego e 28% se sentiam seguros. Ainda segundo a pesquisa, 42% estavam menos à vontade para adquirir eletrodomésticos e 27% estavam mais à vontade.

A pesquisa do índice nacional de confiança, encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi realizada entre os dias 12 e 26 de abril em todas as regiões brasileiras, por meio de 1.200 entrevistas domiciliares. A margem de erro é de cerca de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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São Paulo - O índice nacional de confiança do consumidor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) caiu pelo quinto mês seguido em abril, a 104 pontos, o menor nível da série histórica, iniciada em 2005.

Em março, o índice estava em 117 pontos e em abril do ano passado o patamar era de 138 pontos. O recorde anterior de baixa havia sido registrado em 2005, na época do Mensalão, quando o indicador marcou 111 pontos.

"Esse pessimismo recorde do consumidor, sem precedentes em nossa pesquisa, deve-se, principalmente, ao aumento de tarifas públicas, à alta da inflação de alimentos e ao noticiário econômico negativo", comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Também de forma inédita, o índice mostra que a confiança de quem mora no Sudeste chegou a 95 pontos em abril, de 107 pontos em março, ou seja, o pior da série histórica e no campo pessimista (abaixo de 100 pontos). A ACSP explica que a região - a mais industrializada - é a que mais sofre com a piora nos indicadores da indústria.

No Nordeste o índice caiu para 114 pontos, de 126; no Norte/Centro-Oeste houve queda para 114 pontos, de 134 pontos; e no Sul a confiança recuou para 100 pontos, de 113 pontos.

Nas regiões metropolitanas o índice entrou no campo pessimista, atingindo 99 pontos em abril, contra 107 no mês anterior. "As razões podem ser os aumentos de tarifas e de preços de alimentos e o fato de a população nesses locais estar melhor informada do noticiário econômico e político", diz a ACSP.

Na classe a AB a confiança atingiu em abril o menor patamar desde a criação da pesquisa, com 86 pontos, de 97 pontos em março. Na classe C o índice foi de 109 pontos, contra 123 em março. E, na classe DE, marcou 107 pontos, ante 121 pontos.

Em abril, 38% dos entrevistados consideravam ruim sua situação financeira atual e 35% a julgavam boa. Já 41% esperavam que a situação financeira futura melhorasse e 22% achavam que iria piorar.

Além disso, 36% dos brasileiros se sentiam inseguros no emprego e 28% se sentiam seguros. Ainda segundo a pesquisa, 42% estavam menos à vontade para adquirir eletrodomésticos e 27% estavam mais à vontade.

A pesquisa do índice nacional de confiança, encomendada pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi realizada entre os dias 12 e 26 de abril em todas as regiões brasileiras, por meio de 1.200 entrevistas domiciliares. A margem de erro é de cerca de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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