Economia

Confiança de serviços melhora em abril e interrompe sequência de perdas

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve alta de 4,1 pontos este mês, para leitura de 81,7

 (Lucas Landau/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2021 às 08h42.

A confiança do setor de serviços do Brasil quebrou uma sequência de três perdas consecutivas para apresentar recuperação em abril, em meio à melhora das expectativas, informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) teve alta de 4,1 pontos este mês, para leitura de 81,7, depois de ter apresentado queda nos meses de janeiro, fevereiro e março.

Apesar de positivo, "o resultado (...) da confiança de serviços precisa ser enxergado com cautela", disse Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre, em nota.

"Primeiro porque compensa 73% das perdas do mês de março, mas também porque foi influenciado, quase totalmente, pelo retorno das expectativas ao nível ligeiramente superior ao de fevereiro", acrescentou. "Nesse sentido, a acomodação dos indicadores que representam a situação atual os mantém em patamar muito baixo, confirmando as dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor nos últimos meses."

O Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, saltou 7,4 pontos em abril, para 88,7 pontos, revertendo parcialmente a perda de 10,7 pontos acumulada no primeiro trimestre deste ano.

Por sua vez, o Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, teve apenas variação positiva de 0,4 ponto em abril, acomodando-se em 74,8 pontos.

O Brasil ainda possui a segunda maior média diária de óbitos e novos casos de Covid-19 no mundo, abaixo apenas da Índia, de acordo levantamento da Reuters. Na quinta-feira, foram registradas 3.001 novas mortes em decorrência da doença no Brasil, o que eleva a 401.186 o total de vítimas fatais no país.

"A continuidade da recuperação nos próximos meses depende de sinalizações mais positivas em relação à pandemia e ampliação do programa de vacinação", escreveu Tobler.

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