Economia

Conab prevê safra recorde de 232 milhões de toneladas de grãos

A estimativa é de que a produção seja recorde, com crescimento de 24,3% em relação ao período anterior

Grãos: os estudos mostram que a super safra se deve ao crescimento da área cultivada (Nelson Ching/Bloomberg)

Grãos: os estudos mostram que a super safra se deve ao crescimento da área cultivada (Nelson Ching/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de maio de 2017 às 14h10.

Última atualização em 11 de maio de 2017 às 14h40.

A safra de grãos para o período 2016/2017 deve chegar a 232 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A estimativa é de que a produção seja recorde, com crescimento de 24,3% em relação ao período anterior. Os dados foram levantados entre os dias 23 e 29 de abril em todas as regiões produtoras.

O anúncio foi feito hoje (11) pelo presidente da companhia, Marcelo bezerra, e pelo secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Sávio Pereira.

Os estudos mostram que a super safra se deve ao crescimento da área cultivada, que ainda pode ser ampliada em 3,5% , chegando a 60,4 milhões de hectares em todo o país.

Para a soja, a previsão de crescimento é de 18,4%, algo em torno de 113 milhões de toneladas, com a ampliação 1,8% da área plantada. O grão é responsável por 33,9 milhões de hectares cultivados.

O total de milho colhido pode chegar a 92,8 milhões de toneladas, 39,5% a mais com relação à safra de 2015/2016. A área total cultivada atinge os 17,2 milhões de hectares. A soja e o milho correspondem a cerca de 90% de toda a produção de grãos no Brasil.

O feijão também teve forte alta na produção, chegando a ter 33,5% de aumento com relação ao ciclo anterior. Já o trigo, classificado como "cultura de inverno", teve queda de 7,8%, e a área de cultivo reduzida de 2,1 para 1,95 milhões de hectares.

Para Sávio Pereira, os efeitos econômicos da super safra atingem desde os números da exportação até a mesa do brasileiro. "Esses dados são muito importantes para mostrar à sociedade a importância da produção agrícola, pois se refletem na inflação, na balança comercial, na geração de empregos etc. Com relação ao ciclo passado, esse ano são 45 milhões de toneladas a mais movimentadas na economia". afirmou.

 

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