Safra de grãos: para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Gueller, os resultados demonstram a capacidade do produtor brasileiro (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 11h08.
Brasília - A produção de grãos no país poderá atingir 201,55 milhões de toneladas no período 2014/2015, segundo o terceiro levantamento de safra divulgado hoje (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A estimativa é 4,2% maior que a safra 2013/2014 e representando acréscimo de 8,1 milhões de toneladas aos 193,4 milhões de toneladas da safra anterior.
Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Gueller, os resultados demonstram a capacidade do produtor brasileiro, que está incorporando cada vez mais tecnologia e se preparando para atender a demanda mundial.
“O Brasil está se preparando também para consumir internamente mais, reduzindo custo com logística e assim por diante”, disse. “Eu não tenho dúvida nenhuma de que o mercado internacional continua crescendo. E o nosso produtor também – inclusive com o aumento do dólar, que acabou beneficiando e fazendo com que o produtor tenha mais rentabilidade”, completou.
De acordo com a Conab, a soja é a cultura que mais se destaca nos levantamentos, com crescimento na produção mesmo diante do quadro internacional de superoferta de grãos.
A evolução da oleaginosa atingiu 11,2%, ou o equivalente a um aumento de 9,7 milhões de toneladas, totalizando 95,8 milhões.
O presidente da companhia, Rubens Rodrigues dos Santos, avaliou que o aumento de 11,2% decorre de diversos fatores. “O primeiro é o preço.
Os preços estão altamente atrativos para o produtor, principalmente os contratos futuros. O segundo fator é cada vez mais agregar novas tecnologias, o que dá uma rentabilidade para o produtor maior”, explicou.
Ainda segundo Santos, o plantio ocupará uma área de 57,8 milhões de hectares, com um acréscimo de 1,5% a mais em relação à safra passada, quando registrou 56,96 milhões de hectares.
Quanto à soja, o crescimento é 4,9%, o que equivale a 1,5 milhão de hectares a mais. A ocupação total da área da oleaginosa vai chegar a 31,7 milhões de hectares.
Os técnicos estiveram em campo do dia 23 a 29 de novembro, conferindo dados com agrônomos, representantes de cooperativas, de secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), além de agentes financeiros, comerciais e revendedores de insumos.