Economia

Como funciona o voo de 25 horas que liga São Paulo a Pequim

Rota da Air China tem passagens a partir de R$ 7.045 e faz uma parada em Madri, sem troca de aeronave

 (Alejandro Pirez/AFP)

(Alejandro Pirez/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 20 de maio de 2024 às 17h51.

Última atualização em 20 de maio de 2024 às 22h17.

A empresa aérea Air China voltou a operar na América do Sul, no fim de abril, e retomou um voo que faz a ligação entre Pequim e São Paulo em 25 horas, sem troca de avião.

O voo era oferecido até 2020, mas foi suspenso por causa da pandemia. O trajeto soma 17.584 quilômetros, com uma parada de duas horas em Madri. No sentido China-Brasil, o voo leva 25 horas. Do Brasil para a China, são 23 horas e 15 minutos de viagem. A aeronave usada é um Boeing 787-900, capaz de levar 293 passageiros.

A opção reduz tempo. Para chegar à China saindo do Brasil, geralmente é preciso fazer escalas mais longas na Europa, no Oriente Médio ou na África, em viagens que podem superar 30 horas.

O serviço tem duas partidas semanais de Pequim, às quintas e domingos, e duas saindo de São Paulo, às segundas e sextas. A passagem saindo de Guarulhos custa a partir de US$ 1.380 dólares (R$ 7.045) na classe econômica. por trecho.

A Air China também vende passagens para quem quer percorrer só a primeira parte do trajeto e descer em Madri. Os bilhetes para esse trecho custam a partir de US$ 630 (R$ 3.216).

Com a pandemia, muitas empresas aéreas suspenderam rotas internacionais por conta das barreiras sanitárias adotadas por vários países. A retomada dos voos depois foi dificultada pela falta de aeronaves no mercado nos últimos anos. A Covid atrasou a produção e a entrega de peças, o que complicou a entrega de novos aviões e a retomada das frotas existentes.

"Nós aumentaremos ainda mais as frequências de voo de acordo com as condições do mercado. No futuro, a Air China promoverá ativamente a cooperação com as companhias aéreas brasileiras e acelerará a restauração da conectividade da rede", disse Zhou Yeting, gerente de planejamento de voos de longo prazo da empresa, à agência Xinhua.

A Air China é uma companhia aérea estatal do governo chinês criada em 1988. Em 2002, outras duas empresas se juntaram à ela e, dois anos depois, o grupo passou a ter ações nas bolsas de Hong Kong e Londres. A frota da companhia somava 902 aeronaves em 2023.

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