Agência
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 14h25.
Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 14h39.
O comércio exterior da China atingiu um novo recorde em 2024, com o saldo da balança comercial alcançando 43,85 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 5,9 trilhões), crescimento de 5% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pela Administração Geral das Alfândegas. As exportações cresceram 7,1%, chegando a 25,45 trilhões de yuans, enquanto as importações subiram 2,3%, totalizando 18,39 trilhões de yuans. Com esses resultados, a China manteve sua posição como maior comerciante global de bens, fortalecendo parcerias com mais de 150 economias ao redor do mundo.
O comércio com países da Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) avançou 6,4%, representando mais de 50% do total das transações comerciais da China pela primeira vez. A relação com a Asean cresceu pelo nono ano consecutivo, consolidando ambos como principais parceiros comerciais pelo quinto ano seguido. Além disso, o comércio com países do Brics registrou expansão de 5,5%.
As relações econômicas com a União Europeia continuaram sólidas, com crescimento de 1,6% no comércio bilateral. Já com os Estados Unidos, o comércio aumentou 4,9%, refletindo o desempenho positivo geral do comércio chinês. A China importou produtos agrícolas, energia, medicamentos e aeronaves dos EUA, enquanto exportou vestuário, eletrônicos e eletrodomésticos, consolidando benefícios mútuos nas trocas comerciais.
A expansão das exportações chinesas foi impulsionada por novos produtos, modelos de negócios inovadores e marcas emergentes. Destaques incluem:
Produtos mecânicos e elétricos também registraram crescimento de 8,7%, representando 59,4% do total exportado. O comércio eletrônico transfronteiriço, por sua vez, teve crescimento expressivo, alcançando 2,63 trilhões de yuans, aumento de 1 trilhão de yuans em comparação com 2020.
Apesar do desempenho positivo, desafios globais como medidas protecionistas e incertezas econômicas exigem que as empresas chinesas diversifiquem mercados e invistam em fábricas no exterior. Políticas implementadas desde o final de 2023, como a ampliação de zonas piloto de comércio e a otimização do comércio eletrônico transfronteiriço, fortaleceram a base para esse crescimento.
O vice-chefe da Administração Geral das Alfândegas, Wang Lingjun, destacou que o crescimento do comércio, de 2,1 trilhões de yuans, equivale ao volume anual de uma economia de médio porte. Ele também rebateu as acusações de “excesso de capacidade” na indústria chinesa, afirmando que o setor manufatureiro da China continua altamente competitivo e essencial para a estabilidade das cadeias globais de produção. Segundo Wang, as preocupações com excesso de capacidade são infundadas, já que o crescimento das exportações é impulsionado pela demanda global e pela inovação das empresas.
No entanto, para manter o ritmo de crescimento, é essencial que a China continue investindo em tecnologia, expandindo mercados internacionais e fortalecendo relações comerciais com seus parceiros estratégicos.