O comércio brasileiro vendeu e faturou mais no primeiro trimestre de 2006 em comparação ao mesmo período de 2005. Entre janeiro e março, as vendas aumentaram em 5,04%, enquanto a receita nominal cresceu 7,78%, segundo dados de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o estudo, houve avanço em seis das oito atividades pesquisadas no primeiro trimestre. A liderança ficou com os equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação, setor que registrou sozinho vendas 55,38% maiores do que as apuradas um ano antes. "Além do crédito e dos empréstimos consignados, contribuiu ainda para o estabelecimento deste desempenho a valorização do real frente ao dólar, que vem tornando os produtos de informática e outros importados relativamente mais baratos", afirmou o IBGE.

Na vice-liderança do acréscimo de vendas ficou o segmento de outros artigos de uso pessoal e domésticos, impulsionado, de acordo com o IBGE, pela ampliação do crédito ao consumidor. A categoria engloba lojas como as de departamentos, artigos esportivos e óticas, e acumulou alta de 12,51% no volume de produtos comercializados no primeiro trimestre. A maior oferta de empréstimos também contribuiu para elevar as vendas de móveis e eletrodomésticos, 11,6% mais procurados do que no primeiro trimestre de 2005.

Logo atrás, com aumentos menores, vêm os setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com crescimento de 5,67% nas vendas, e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com alta de 5,19% no volume comercializado.

O avanço do comércio como um todo entre janeiro e março foi maior do que o registrado entre os mesmos meses de 2005, quando as vendas cresceram 4,58%. "Isto foi possível pela significativa elevação no desempenho de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu nos dois últimos trimestres de 1,83% para 5,19%", afirmou o IBGE.

Março

Em março, os consumidores compraram 3,01% mais do que no mesmo mês de 2006. No entanto, contra fevereiro de 2006, o resultado foi queda de 0,1%, o que indica estabilidade no ritmo dos negócios do varejo, segundo o IBGE.

Na avaliação das regiões, houve aumento no volume comercializado em 22 das 27 unidades da Federação na comparação entre março de 2006 e março de 2005, principalmente nos estados do Amapá, com alta de 23,9%, Tocantins, que teve aumento de 21,25%, e Roraima, onde as vendas cresceram 19,44%. Os piores desempenhos foram registrados nos estados de Mato Grosso e Rio Grande do Sul, com quedas respectivas de 11,13% e 2,79%.